Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

30.12.09

FELIZ ANO 2010

Por
Arnaldo Jabor

O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho. É viver cada momento e construir a felicidade aqui e agora. Claro que a vida prega peças. O bolo não cresce, o pneu fura, chove demais (perdemos pessoas que amamos)...

Mas, pensa só: Tem graça viver sem rir de gargalhar, pelo menos uma vez ao dia?

Tem sentido estragar o dia por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Eu quero viver bem.... e você?

2009 foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas, mas também de problemas e desilusões, tristezas, perdas, reencontros. Normal...

Às vezes, se espera demais. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal... 2010 não vai ser diferente.

Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas, e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?

O que eu desejo para todos nós é sabedoria. E que todos nós saibamos transformar tudo em uma boa experiência. O nosso desejo não se realizou? Beleza... Não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa para esse momento (me lembro sempre de uma frase que ouvi e adoro: "cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade").

Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano... Mas, se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.

Desejo para todo mundo esse olhar especial! 2010 pode ser um ano especial, se nosso olhar for diferente. Pode ser muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso.

Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. 2010 pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, especial!

Depende de mim... de você. Pode ser... e que seja!
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FONTE DO ARTIGO:
site br.dir.groups.yahoo.com/group/dialogos_lusofonos/message/21595
FONTE DA FOTO:
site colunas.ego.globo.com/files/85/2008/12/fogosve.jpg
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NOTA DO BLOG: Achamos esta mensagem de Ano Novo de Arnaldo Jabor excelente e a ofereçemos a vocês. Ela expressa, com o talento de Jabor, aquilo que desejamos aos nossos leitores, amigos e colaboradores.
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24.12.09

NO SERTÃO, UM CANTO (4) (PAPAI NOEL, DUPLA FACE )

Por
Gonçalo Felipe
I
Hoje é ante véspera de Natal
Mas, sabe o que acontece
Aqui neste meu sertão?
Papai Noel nunca desce
Nem faz visita as crianças
Mata todas as esperanças
Porque nunca ele aparece.
II
Anda em um tal de trenó
Acho que se chama assim
Desculpem mas Papai Noel
Não é tão bonzinho, enfim
Saindo lá da terra do frio
Do Sertão faz um desvio
Nem passa perto de mim
III
Se Papai Noel, resolvesse
Passar aqui no Sertão
veria como ele é querido!
Como causa admiração!
Muitas crianças lhe vendo
Todas para ele correndo
Formando uma multidão
IV
E a criançada gritando:
Chegou, chegou Papai Noel
Noite Feliz, Noite de Luz
Venham!!, Venham todos!!
Cantar com ele!! Agradecer!!!
Ouviremos ele dizer:
Nessa data nasceu Jesus!
V
Mas, isso não passa de um sonho
Papai Noel, não se lembra da gente
Nem sabe que as crianças daqui
O conhecem de ouvir falar somente
Pessoalmente nem uma o conhece
Papai Noel no meu Sertão não desce
Será porque o Sol aqui muito quente?
VI
Não, não deve ser por causa disso
A gente parando para pensar, descobre:
O Papai Noel só gosta de criança rica
Papai Noel não gosta de criança pobre
As vezes fico perguntando a Jesus Cristo:
Oh, meu Senhor Jesus está certo isto?
Papai Noel, não tem com todas um gesto nobre.
VII
Papai Noel, para mim tem duas caras
E age de uma maneira muito errada:
Para quem não precisa, ele dá tudo
E para quem tanto precisa ele não dá nada
Pobre pede, grita mas ele "fica" surdo
Com o semblante fechado e bem sisudo
E para o rico: HÔ, HÔ, HÔ dando risada
VIII
Papai Noel, vai ao Jardim Zoológico
Faz visita e tira fotos com os animais
No dia seguinte as fotos todas estão
Nas primeiras páginas de todos jornais
Mas, não se vê numa foto daquelas
Papai Noel, no interior das favelas
Com crianças de baixas classes sociais
IX
Já pensei em interpelar Papai Noel,
Dizer para ele umas verdades
Nuas e cruas, cara à cara, frente à frente:
Repetir: Você não é tão bom assim.
É mentiroso, é tem dupla face
Dentro desses seus disfarces
Tem muitas coisas ruins
X
Hoje são vinte e três de dezembro
Mais dois dias e é Natal
Que todos sejam felizes
É o meu desejo final
Almejo um ano findando
Com Papai Noel tratando:
Rico e pobre, tudo igual
.

Fim
. FOTO siteg1.globo.com/.../foto/0,,12129649,00.jpg
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Gonçalo Felipe é o poeta de Nova Russas que nos brinda com poesias sobre nós, sobre Ipueiras, sobre nosso pé de serra, enfim sobre a vida de todos nós. Apresentado que foi pelo ipueirense Francisco Costa, integrou-se rapidamente à equipe do Suaveolens com sua capacidade de fazer amigos.

23.12.09

CRÔNICA NATALINA

Por
Bérgson Frota
.
Naquele natal a criança maltrapilha voltava pra casa.
As ruas cheias de crianças com os pais, fazia despontar naquele coração órfão um pouco de inveja.
Sua vida era catar papéis e ajudar com isso a avó e dois irmãos menores.
Das lojas que passava vinham de longe hinos natalinos e de fora o som das buzinas com carros de luzes altas faziam-no lembrar o casebre escondido no morro e quase na total escuridão.
Na sua caminhada de volta passou por uma bela árvore de enfeite montada numa nas inúmeras praças da cidade, a árvore era cheia de presentes e vários turistas tiravam fotos daquela bela armação que parecia tão verdadeira.
O menino nunca foi disso, mas de tão encantado, num átimo, usando uma pequena faca cortou quatro embrulhos que faziam vez de presentes, queria dar pelo menos em ilusão um presente a si , aos irmão e a avó.
Tanto maltratados naquele natal estes enfeites que ao tirar e colocar no carrinho sequer foi incomodado.
Chegando em casa foi aquela correria, por ilusão os irmãos corrreram para os embrulhos, só a avó, como se suspeitasse ficou no seu canto quieta.
A vida revela em suas inúmeras páginas milagres a se perder. Pois como encanto dos três pacotes abertos tinham caros presentes, no quarto, àquele que seria o da avó, um grande bolo.
No céu lá distante piscava uma tímida estrela igual as outras, mas sua terna luz se vista melhor pudesse ser, descia direto do céu às telhas quebradas e gastas da casa do menino pobre, fazendo a alegria reinar no pobre lar naquela noite especial.
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Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.

NATAL SERTANEJO

Por
Dalinha Catunda
*
Quantos natais se passaram
Quantos deles ainda virão?
Alguns eu passei no Rio,
Outros tantos no meu chão.
Mas pra falar bem a verdade
Eu sinto bastante saudades
Dos velhos natais do sertão.
*
Em minha Santa inocência,
Acreditava em Papai Noel.
Que na véspera do Natal
Cumpria seu doce papel.
Distribuindo presente
E a criançada contente
Fazia o maior escarcéu.
*
Eram humildes presentes,
Isso não tenho como negar.
Às vezes uma lembrancinha
Para em branco não passar.
Mas era grande a alegria,
Naquela grande família,
Em seu singelo celebrar.
*
Sapatos e roupas novas,
A família inteira ganhava.
Na passagem do novo ano,
Era que a gente estreava.
Era na cambraia bordada,
E com nossa saia rodada
Que o Ano Novo começava,
*
No galinheiro um peru gordo
Aguardava sempre a ocasião.
Era o banquete das famílias
Que assavam galinha e capão.
Comida tinha com fartura
Pois assim era nossa cultura
Naquela Santa celebração.
*
A ceia, a missa do galo,
A visitação da lapinha.
Antes da missa o passeio,
Dando giros na pracinha.
Hoje celebro na verdade,
O velho Natal da saudade,
Que um dia viveu Dalinha.
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Foto: sitedecuriosidades.com/im/g/0F7EF.jpg
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Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).

21.12.09

A HISTÓRIA DA IGREJA DE ALMOFALA

Por
Bérgson Frota

Nenhuma igreja no Ceará guarda a misteriosa e ao mesmo tempo curiosa história da igreja de Almofala, povoado pertencente à jurisdição de Itarema, distando de Fortaleza 220 quilômetros.

A pequena vila cresceu com portugueses, espanhóis e índios já em meados do século XVIII.

Sendo próxima ao mar, e situada numa grande região de dunas, não foi impecilho para que a vila crescesse e em 1745 começasse a construção de uma bela capela de características barrocas.

Segundo consta os documentos por ordem de D. Maria I, de Portugal, a construção a ser erguida seria dedicada à padroeira da nação Lusa, Nossa Senhora da Conceição.

Riscada com bela arquitetura, construída com material vindo da Bahia por via naval era trazido ao lugarejo por longa viagem em carros-de-bois.

O forro e o piso da nave eram do bom cedro baiano. Telhas de 80 cm de comprimento e bons tijolos pesando de 8 a 9 quilos cada.

A igreja de Almofala era de uma beleza única, criada em um estilo barroco raro.

No entanto em 1897, o leste da capela começou a cair, sofrendo pelo peso de uma enorme duna que também avançava por toda vila. Visto como um fato sem solução na época, já que o avanço de areia se fazia constante a vila passou a perder habitantes, enquanto o salgado pó marinho transformava em cidade fantasma Almofala.

Durante 45 anos, permaneceu soterrada a nobre igreja. Onde visitada vez ou outra para ver o capricho do vento que deixava uma parte de suas duas torres à vista.
Todo material de cobertura já arriado e destruído.

A beleza de alvenaria barroca no entanto resistente foi preservada e em 1941 a duna começou a ser retirada concluíndo para sempre o trabalho em 1943.

A igreja sepultada durante décadas resistira, a madeira totalmente destruída bem como o ferro atacado pela ferrugem.

No entanto o belo sino de bronze estava lá, esquecido. Mas limpo, voltou a badalar.Também foram preservadas várias imagens que antes da catástrofe foram transferidas voltando, quando a igreja foi totalmente restaurada.

Aos orgulhosos habitantes que durante anos viram sua igreja como uma triste ruína atrativa, ficou a frase final a quem agora os visitassem : assim era a nossa Igreja de Almofala.
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Foto : Igreja de Almofala semi-coberta de areia – acervo pessoal do autor.

Publicado no jornal O Povo em 24.10.2009 - Fortaleza-Ceará
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Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.

20.12.09

O SHOW DE NATAL DE ÂNGELA E AGNALDO

Por
Jean Kleber Mattos


Noite do dia dezenove de dezembro de 2009. Ao correr os canais da TV com o seletor, parei no show de fim de ano de Ângela Maria e Agnaldo Timóteo no SBT. Música romântica dos anos 50. Para minha surpresa, que acreditava-me saturado do gênero, não consegui mudar de canal.
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Um cenário exuberante como exigia a natureza romântica do show. Cores quentes e colorido farto com efeitos luminosos. Uma coreografia igualmente expressiva com três casais de bailarinos em trajes formais bem próximos aos cantores. As moças cambiavam o figurino conforme o tema. Algumas vezes com saias compridas leves e rodadas com movimentos airosos em suaves acrobacias com o par. Pareciam volitar em alguns momentos. Ao fundo as “silvetes” padrão, com motivo de Natal. Na coreografia do "Tango pra Tereza", o figurino muda para o padrão tango coerente.
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O repertório contemplou os hits da dupla de cantores dos anos 50 aos anos 70 do século vinte, incluindo apenas alguns mais recentes. Estavam lá “Não se vá” de Alain Barrière versão de Thyna, grande sucesso do passado na voz de Jane e Herondy, “Você vai ver”, hit de Zezé di Camargo e Luciano, “Tango pra Tereza” de Evaldo Gouveia e Jair Amorim e “Deslizes” de Michael Sullivan e Paulo Massadas, que fora sucesso na voz de Raimundo Fagner.
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Para mim uma viagem no tempo. Classificadas sempre pela crítica como do domínio “brega”, a maioria das músicas do repertório embalaram minha infância e adolescência. Três delas homenageram as mães: “Mamãe”, de Herivelto Martins e David Nasser, “Mãezinha Querida” de Getúlio Macedo e Lourival Faissal e “Obrigado Mãe” de Michaell Sullivan e Carlos Colla. Saudades da minha, falecida D. Mundita, musicista com passagem em conservatório de música, e que curtia exatamente esse repertório, para minha perplexidade de adolescente pseudo-intelectual de esquerda dos anos 60.
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Hoje eu entendo minha mãe. São músicas bem melodiosas com letras que falam diretamente aos sentimentos humanos. Às dores de amor. Aos enigmas do relacionamento.
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De parabéns o SBT. Estou esperando o DVD para comprar.
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FOTOS DIRETAMENTE DO MONITOR
Foto 1: a dupla de cantores
Foto 2: aspecto geral reverso, "silvetes" em primeiro plano , cantores e bailarinos formais ao fundo.
Foto 3: aspecto da leveza do balé.
Foto 4. coreografia do "Tango pra Tereza".

12.12.09

PARABÉNS TEREZINHA!

Por
Dalinha Catunda
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Querida amiga Tereza
Neste dia de alegria,
Desejo que a felicidade
Chegue a sua moradia.
Que Deus sempre proteja
Você, amigos e família.
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Muita saúde e muita paz
Pra você, aniversariante!
Que se engaja sem medo
Na luta por seus semelhantes.
Que seja sempre vitoriosa!
E consiga seguir adiante.
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São os votos desta amiga,
Que reconhece sua lealdade.
E sabe que você veste,
O manto da caridade.
Mais uma vez eu desejo
Que seja feliz de verdade.
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Homenagem a minha amiga Tereza Mourão que faz aniversário dia 12 de dezembro.
Dalinha Catunda
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NOTA DO BLOG: Tereza Mourão é co-gestora do blog Suaveolens. A equipe do blog saúda a data e deseja muita saúde e paz à nossa companheira.
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2.12.09

FESTIVAL DE PANETONE EM BRASÍLIA

Por
Dalinha Catunda.

Dezembro já chegou,
Trazendo junto Natal.
Vou fazer a minha festa
E é no Distrito Federal.
Vou pegar minha família,
Vou direto pra Brasília
Não perco este festival.

A vida aqui anda cara
Está “um Deus nos acuda”
Em Brasília pelo menos
Tem o bondoso Arruda.
Que arrecada dinheiro,
Para o pobre brasileiro
Ter um Natal de fartura.

Nunca vi tanto dinheiro!
Mas mostrou a televisão.
Em cuecas, meias e bolsos
Foi farta a distribuição.
E os demais envolvidos
Ficaram tão comovidos
Que fizeram até oração.

O milagre da multiplicação
Pode até não acontecer.
Panetone virando pizza
Garanto vocês vão ver.
Pois são sempre absolvidos
Os políticos envolvidos
Em falcatruas no poder.

As eleições estão chegando,
Seja um honesto cidadão!
Vender e trocar seu voto
É incentivar a corrupção.
Vá à urna com consciência,
Para tirar dessa indecência,
Nosso Brasil, nossa nação.


Figura: Site web2.catho.com.br/jcs/imgs/materias/panetone.jpg

Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).