Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

Minha foto
Nome:
Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

29.1.13

BIG BROTHER BRASIL: SINTONIA UMBRALINA


 
Cena do filme "Nosso Lar". Site: youtube.com/watch?v=n_zP4f4EVRM
Texto psicografado por Bruno J. Gimenes

"A massa de espectadores nem imagina que uma simples sintonia com um programa de TV pode trazer tantas influências negativas aos seus lares"Antonio.
Esse programa (Big Brother Brasil) atingiu o seu ápice no que tange à formação de um psiquismo espesso e denso. Agora que por vários anos uma atmosfera de discórdia, sexo, promiscuidade, vaidades excessivas se cristalizaram ao redor desse acontecimento, o plano denso facilmente encontrou condições de utilizar este programa como um irradiador de densidades para todos os seus expectadores.

São muitos anos de brigas, intrigas, sexualidade desvairada e desinteresse por valores mais elevados, o que constrói uma nuvem negra de fluidos maléficos.

Ao sintonizar-se com esse acontecimento, o espectador recebe uma volumosa carga de fluídos densos que é engenhosamente manipulada por especialistas das sombras, para que os seus lares sejam lentamente densificados, em especial, pela ressonância mórfica da compreensão do programa e da falta de vínculos espirituais mais fortes por parte de todos que se prendem a essa rotina.

A ignorância cobra o seu preço. A massa de expectadores nem imagina que uma simples sintonia com um programa de TV pode trazer tantas influências negativas aos seus lares, pois não compreende algumas leis naturais que só podem ser entendidas por seres abertos aos movimentos cósmicos mais sutis.

No plano espiritual, os mensageiros da luz nada podem fazer senão alertar para o fato de que a ligação com valores espirituais é o melhor caminho para uma vida de bem e amor. “Semelhante atrai semelhante”. Quer dizer que a força que você segue torna-se o seu manancial.

Embora a humanidade já tenha conhecimento dos exemplos de grandes seres de luz que já passaram por aqui, bem como já esteja banhada por muito conhecimento universal, são os instintos primitivos que reinam com maior preponderância em relação aos valores espirituais.

Tecnicamente falando, quando um espectador se conecta ao referido programa por vários dias em seguida, e ainda se envolve emocionalmente com os seus acontecimentos, ele começa a formar em seu ambiente e em seu corpo espiritual formas-pensamento exatamente semelhantes às que estão pairando sobre o local físico da casa onde se reúnem os integrantes do programa televisivo.

Depois da formação dessa energia chamada forma-pensamento, o que está lá dentro da casa também estará na aura da pessoa expectadora, pois, em um processo de simbiose natural, as formas-pensamento tornar-se-ão entidades vivas agindo como organismos pensantes e pulsantes.

A considerar que a humanidade como um todo tem enormes desafios no que tange à busca da angelitude de suas almas, e que essa caminhada ainda mostra-se muito longa, é de tal modo sensato analisar que a hipótese de abandonar o hábito de sintonizar-se com tais programas seja uma alternativa saudável.

As forças negativas que convergem na direção dos expectadores são potencializadas por entidades escurecidas, habitantes de atmosferas sub-umbralinas, muitíssimo interessadas na decadência da raça humana. E, por último, é pertinente evidenciar que tais forças extrafísicas malignas têm como prática a utilização de acontecimentos populares de baixa moral, para a impregnação em massa de estímulos primitivos”.

.
Texto psicografado por Bruno J. Gimenes, escritor, empresário, professor e palestrante. Criador da Fitoenergética, um sistema de cura natural inédito no mundo, que tem base na energia vibracional contida nas plantas, é cofundador da Instituição Luz da Serra (www.luzdaserra.com.br), bacharel em Química Industrial, mestre em Reiki, Karuna Reiki e Seichim.

(TEXTO PUBLICADO NO JORNAL O POVO - COLUNA ESPIRITUALIDADE - 27/01/13)

19.1.13

Meu quintal, meu paraíso


Por
Bérgson Frota

            Falar da boa infância do interior é relembrar coisas boas que só nos deixaram saudades.
           Tinha lá na minha casa, da cidade que vivi quando criança, um amplo quintal cheio de árvores, muitas grandes a fazer sombra. Pés de graviolas, atas( ou frutas-de conde) para alguns, laranjas, tangerinas e limãos, também dois a três pés de mamãos.
            Corriam por este “paraíso” cinco a seis marrecas, as galinhas no galinheiro vigiadas sempre pelo único galo. O cachorro, que era manso para essa população, e para não deixar de dizer, haviam sagüis nas copas das árvores.
            Lá no centro um antigo e profundo cacimbão, coberto por uma ampla tampa de madeira grossa com uma abertura pesada e removível de um dos lados. Afinal era por lá que se descia o balde por corda e tirava-se o necessário de água a precisar.
            Também no quintal quando pequeno escalava eu às árvores e raras eram às vezes que não trouxesse frutas ou desse de frente com um arisco sagüi, que logo sumia pulando entre os galhos.
            Da descrição de meu quintal eu fiz um quadro mental, não imóvel, ainda lembro quando chovia com as árvores pingando a água que lhes banhava como se chorassem elas de alegria, ou quando verão, o seco vento da tarde balançava a copa das árvores levantando poeira, fazendo os pássaros voar dos ninhos.
            De lá me fui, mas levei boas lembranças das brincadeiras vividas, hoje recordo deste recanto que pensava ser meu, sem saber que era emprestado. Um paraíso para quem um dia ainda criança nele viveu.

Foto do site: novaiguacu.olx.com.br

     
Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.       
                           

6.1.13

EU PASSANDO BEM OU MAL NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO

POR
GONÇALO FELIPE



ESTOU NA GRANDE CIDADE 
BONITA POR NATUREZA.
MAS DO SERTÃO,COM CERTEZA
VIVO SENTINDO SAUDADE.
LÁ TEM MAIS SIMPLICIDADE
SUA PRÓPRIA EDUCAÇÃO
SE SENTE O CALOR DO CHÃO
TER SOL QUENTE É NATURAL.
EU PASSANDO BEM OU MAL
NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO.

PRETENDO VOLTAR DEPOIS
PARA O LUGAR ONDE NASCI
E NA CASA ONDE VIVI
COMER FEIJÃO COM ARROZ
AGORA SOMENTE DOIS
POUCO ACENDE O FOGÃO
VOU PEGAR UM AVIÃO
PRA MINHA TERRA NATAL
EU PASSANDO BEM OU MAL
NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO.

AQUI TEM RÁDIO E CINEMAS,
TELEVISÕES E IGREJA.
MAS A TERRA SERTANEJA
PARA MIM É UM POEMA
O CANTO DA SIRIEMA 
É A MAIS BONITA CANÇÃO
PINTO PIANDO EM OITÃO
VACA MUGINDO EM CURRAL.
EU PASSANDO BEM OU MAL
NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO.

EU SEI QUE AQUI TEM CEASA, 
QUE VENDE A FRUTA MADURA
MAS, GOSTO MAIS DA NATURA
DO QUINTAL DA MINHA CASA
COMER A CARNE NA BRASA
TOSTADA PELO TIÇÃO
ARROZ PELADO EM PILÃO
E BEBER ÁGUA NATURAL.
EU PASSANDO BEM OU MAL
NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO.

TENHO UMA VIDA AGITADA
DENTRO DA GRANDE CIDADE
QUE SÓ AUMENTA A SAUDADE
DA MINHA ANTIGA MORADA
O ROMPER DA ALVORADA
DO SOL TRAZENDO O CLARÃO
QUE VEM ATINGINDO O CHÃO
COM RAIOS DE OURO E CRISTAL
EU PASSANDO BEM OU MAL
NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO

LEMBRO DAQUELES CAMINHOS
ONDE PASSAM CAÇADORES
SE SENTE CHEIRO DE FLORES
NEM LEMBRA SE ESTÁ SOZINHO
ESCUTA-SE UM PASSARINHO
NA SUA DÓCIL CANÇÃO
FAZENDO UMA GRAVAÇÃO
NO DISCO DO VEGETAL
EU PASSANDO BEM OU MAL
NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO.

AQUI TUDO É BARULHENTO:
É CARRO, TREM E METRÔR
ISSO NUNCA ME AGRADOU
BONITO É A VOZ DO VENTO
ONDE O TRANSPORTE É JUMENTO
OU MOTO E CAMINHÃO
E QUEM TEM MAIS CONDIÇÃO
ANDA DE ANTIGA RURAL
EU PASSANDO BEM OU MAL
NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO.

AQUI O COMÉRCIO ILUDE
O TRANSITO É AGITADO
QUERO VOLTAR PARA O ROÇADO
E TOMAR MEU BANHO DE AÇUDE
LÁ O HOMEM TEM SAÚDE
MAIS FORÇA E DISPOSIÇÃO
FINDA MORRENDO ANCIÃO
SEM TOMAR UM MELHORAL
EU PASSANDO BEM OU MAL
NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO.

MINHA TERRA VERDADEIRA
TEM MUSA BALSAQUEANA
MULHER INTERIORANA
É A MAIS TRABALHADEIRA
COM AJUDA DE PARTEIRA
DAR A LUZ AO SEU PAGÃO
SEM TOMAR UMA INJEÇÃO
E SEM FAZER PRÉ-NATAL.
EU PASSANDO BEM OU MAL
NÃO ESQUEÇO O MEU SERTÃO.

***
Gonçalo Felipe é o prestigiado poeta de Nova Russas que nos brinda com poesias sobre nós, sobre Ipueiras, sobre nosso pé de serra, enfim sobre a vida de todos nós.

1.1.13

ANOS E LUAS


Por  
Dalinha Catunda


Mais um ano que se vai
Mas a vida continua,
Eu sigo meu caminho
Como segue o seu a lua
Horas bem cheia de graça
Botando o bloco na praça
Como quem se insinua.
*
Carregada de otimismo
Acho a vida envolvente,
Nada ofusca meu caminho,
Sou tal qual lua crescente
Que a cada novo dia
Ganha mais luz e magia,
E risonha segue em frente.
*
Se às vezes a melancolia,
Vem nublar o meu semblante
Não fico desatinada,
Procuro seguir adiante
Pois me sinto iluminada
Feito lua minha estrada
Tem seus dias de minguante.
*
Eu já vivi muitas luas
Sei que a vida se renova,
No ano que entra e sai
Eu vou passando na prova
E que venha o Ano Novo
Pois com ele me comovo
E renasço lua nova!
*
FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!


Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).