PARA NÃO DIZER QUE
NÃO FALEI DE OVNIS
Por
Jean Kleber
Meus colegas sabem que eu me interesso por plantas medicinais, vida extraterrestre e espiritismo. Tempos passados em uma reunião, um deles, em tom de brincadeira, disse que eu estava me transformando em um guru.
Levei aquilo na brincadeira. No meu pensamento contudo, uma luzinha amarela surgiu. Era preciso evitar que alguém mais levasse a sério aquela declaração e criasse alguma expectativa religiosa a meu respeito.
Passei a evitar minha exposição como pessoa ligada a algum credo e assuntos polêmicos, tais como os OVNIS. Somente para os familiares e amigos mais próximos mantive aqueles assuntos em conversações.
Religião não ocupa espaço. Ela é definida como fé. Confiança e fidelidade a uma doutrina que envolve a comunicação com entidades não tangíveis do ponto de vista material.
É perigoso corporificar a religião numa pessoa. Num guia. Um ser humano, por definição falível. Inesperadamente essa pessoa pode cometer uma falha moral que teria como consequência o desprestígio da religião adotada e a desistência dos seguidores em cultuar aquele corpo de doutrina e suas entidades.
Temos visto vários exemplos em datas recentes. Um médium aqui próximo de Brasília, mundialmente famoso, foi flagrado e preso por cometer crimes hediondos. Em décadas recentes vários gurus pelo mundo afora foram acusados de extorsão, assédio sexual, traição e até mesmo estupros.
Líderes espirituais são cobrados volta e meia pelo apoio de emprestam a partidos políticos. Em certas igrejas a acusação é de pedofilia.
O resultado é previsível. Seguidores divididos, abandono da igreja e perda da fé, permitindo-se assim sucessivas vitórias do materialismo e do ateísmo.
Na minha concepção, o mundo está passando por uma transição onde tudo está sendo questionado. De minha parte pretendo apegar-me aos princípios que herdei de minha família, os quais meus ancestrais chamavam de “princípios do bem”. Eles são óbvios, portanto desnecessário se torna enumerá-los. E sobretudo manter a fé, a confiança e a sintonia com as inteligências superiores, aparentemente intangíveis, que nos inspiram a trilhar o caminho do bem.