Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

31.8.16

Ipueiras está de luto, Pedro Aragão - A História de um vencedor - Por Carlos Moreira /Ipueiras

Ipueiras está de luto, Pedro Aragão - A História de um vencedor - Por Carlos Moreira /Ipueiras



Pedro Martins Aragão
Morreu nesta manhã de quarta-feira, 23 de Maio, em Crateús, no Hospital São Lucas, Pedro Martins Aragão. Nascido aos 8 de Abril de 1917, foi nomeado, aos 28 anos, prefeito de Ipueiras, iniciando a partir de então sua carreira política.

Seu pai, Raimundo Ximenes Aragão, incentivou-o no ramo comercial, o que o fez comprar uma mercearia, em 1935. A partir de então, desenvolveu a atividade comercial, chegando a instalar duas filiais de sua loja, sendo uma em Ipu, outra em Hidrolândia.

Foi durante a sua primeira passagem pela chefia do Executivo municipal que Ipueiras teve suas principais ruas dotadas de calçamento e iluminadas a partir de um complexo gerador adquirido em 1948 e que alimentou a sede municipal com energia elétrica até o advento da energia de Paulo Afonso, introduzida no município em 1966 pelo então governador Virgílio Távora.

Em 1949, conseguiu recursos da ordem de Cr$ 5 mil para a construção da ponte que liga a sede municipal ao bairro da estação ferroviária, inaugurada em 1950 por Raimundo Mourão e Melo, presidente da Câmara e prefeito por um período de mais de seis meses, em função do seu afastamento em benefício da candidatura do sogro.

Era casado com d. Maria Dolores Aragão, dividia o tempo entre sua casa e o seu estabelecimento comercial, onde era encontrado todos os dias, sempre disposto a um bom papo sobre a memória política da cidade de que também fez parte. Seu filho, o médico Carlos Matos Aragão, deu-lhe filhos, netos e bisnetos.

Aqui fica publicada a homenagem do blog PRIMEIRA COLUNA a este filho ilustre. Pedro Martins Aragão. em 
quarta-feira, 23 de maio de 2007

24.8.16

HOMENAGEM AO ESCRITOR CEARENSE (E IPUEIRENSE) BÉRGON FROTA QUE NOS DEIXOU RECENTEMENTE (J. Clécio Farias)

HOMENAGEM AO ESCRITOR CEARENSE ( E IPUEIRENSE)  BÉRGON FROTA QUE NOS DEIXOU RECENTEMENTE

Por J.Clécio Farias

Testemunhos de amigos

Grande ipueirense. Seu amor à sua cidade é testemunhado em sua obra literária. 
Como colunista deste blog (Suaveolens), enriqueceu-o com páginas memoráveis ! Que Deus o receba na luz ! “(Jean Kleber Mattos)

Na minha admiração e respeito aos bons textos e aqueles que ressaltam suas raízes, presto minha singela homenagem a este Ipueirense que muito bem escreveu sobre nossa Cidade nos seus contos, poemas e crônicas, Bérgson Frota. Que Deus o acolha.” (J. Clécio Farias)

“Bérgson, foi a primeira pessoa a avaliar meus escritos e a me incentivar a escrever para os jornais. Durante muito tempo ele próprio, enviava meus trabalhos, e guardava para me entregar os jornais que publicavam meus textos. Sou agradecida a Bérgson por tudo que ele fez por mim. Fiquei triste com sua passagem, sei que ele ainda tinha muito para mostrar. Que Deus pai em sua infinita bondade reserve um bom lugar para meu amigo e garanta o conforto da familia.” (Dalinha Catunda)

“Agradeço de coração, seus escritos me ajudaram no processo de formação acadêmica(Genilson Paiva)

“Amigo querido! “(Ivoneide Melo)

“Linda homenagem ao Bérgson Frota, Zil Moreira. Obrigado. (Carlitto Mattos)


Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), colaborou com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.

6.8.16

Adeus a um bravo (sobre o falecimento de Tarcísio Leitão)

Adeus a um bravo
Por  Roberto Amaral
Chega-me de Fortaleza a notícia da morte de Tarcísio Leitão,  homem raro. Pela bravura, pela coerência, pelo caráter de aço, pela coragem desassombrada, a mais difícil de todas,  a coragem moral  - seu apanágio - que espantava seus adversários e enchia de alegria os amigos.  Foi assim a vida toda, até ontem: forte, hígido, inabalável em suas convicções e vivendo na vida real, na vida prática, na vida profissional, no dia dia e nos grandes momentos, em estreita correspondência com  suas ideias: o ideólogo e o idealista, o político comunista, o advogado, o ser humano, o amigo eram todos uma só criatura. Essa coerência era uma forma de  proselitismo  e é o grande patrimônio que nos lega.
Lutou todas as boas lutas, lutas estudantis, lutas populares, lutas políticas e travou sempre o embate ideológico. Advogado, haveria de ser advogado  trabalhista, mas advogado e grande advogado apenas de trabalhadores. Conheceu a repressão como viveu: com destemor. Preso no centro da cidade, desdenhou das ameaças e, de pé no jipe em que era conduzido pelos militares, gritava ao povo denunciando a arbitrariedade.No quartel do 23º Batalhão de Caçadores, para onde todos os perseguidos foram levados nos primeiros dias da repressão, jamais se deixou abater. Destemido, mas sempre alegre, espargindo bom humor e ânimo. Desterrado em Fernando de Noronha, foi e voltou de cabeça erguida. Jamais baixou a crista,  jamais aceitou o papel de derrotado e sempre contemplou a História como uma promessa de futuras alegrias. Resistiu a todos os baques, à demolição de muros e mitos, de impérios e sonhos, sempre disposto a reconstruir as obras perdidas, a percorrer novas sendas a superar as dúvidas, a caminhar, um caminhar sem repouso sempre em procura do horizonte, repetindo sempre a sina/senha de Antonio Machado:  
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.
 Caminhante que perseguia a luz, não o assustava a tragédia biológica, que afinal ganhou a guerra. Deprimia-o, sim, no Brasil de hoje, e morreu triste, a batalha perdida contra a tragédia social.
Somos, para sempre, velhos amigos. 
Foto do Diário do Nordeste

Advocacia Eny Moreira

5.8.16

"O Sertão"– Primeiro jornal de Ipueiras completou 100 anos

Por
Bérgson Frota
 Há exatamente cem anos, era impresso em Ipueiras pelo futuro historiador e imortal da Academia Cearense de Letras, Hugo Catunda Fontenelle, o pequeno jornal "O Sertão". 
Na época Hugo Catunda tinha então dezessete anos incompletos, mas mesmo adolescente, já mostrava seu grande talento para o pioneirismo e a notável capacidade intelectual que lhe acompanhou até a morte, ocorrida em 7 de março de 1980, em Ipueiras. 
Impresso durante a I Guerra Mundial, há um artigo intitulado "A Guerra", no qual o autor, utilizando dados de Francisco Lins, escritor fluminense, mostrava os altos custos humanos e financeiros do terrível conflito. "É a triste verdade, e no entanto vivemos quase indiferentes a tantos horrores que de um certo modo nos afectam". Comentário tão atual nos dias hodiernos. 
Outros assuntos de "O Sertão" abordavam a vida social da cidade e notícias curtas, mas abrangentes do resto do País. Na última folha, os anúncios dominavam. As lojas locais como A Libertadora e a Loja do Povo tinham destaque, entre os menores um interessante: "Raul Catunda - Prepara com a máxima pontualidade retratos a crayon em ponto grande, (em letras menores), Preços Módicos". 
O jornal anunciava que era impresso três vezes por mês, custando a assinatura por trimestre 3.$.000. Cartas ao mesmo deveriam ser endereçadas ao "director". Estes dados foram retirados da primeira edição de "O Sertão", jornal de que não se sabe se teve outras edições. Encontrado nas ruínas da casa do historiador há cinco anos, pouco se descobriu da existência de outros números. 
O tempo que separa as gerações encarregou-se de silenciar esta pergunta, porém deixou claro para os ipueirenses que com merecimento Hugo Catunda ocupou nº 36 da Academia Cearense de Letras, cujo patrono é o Senador Pompeu. Apresentando um talento precoce, foi valorizado por Raimundo Girão no livro Apresentando um talento precoce, foi valorizado por Raimundo Girão no livro "A Academia de 1894" que o enalteceu dizendo ser seu estilo de aristocrático aticismo, e outras vezes de sabor euclidiano. 
Carlos D'Alge no livro "O Exílio Imaginário" relatou: Nertan Macedo encontrou um brilhante colaborador, e dessa amizade resultou a trilogia: O Clã dos Inhamuns, O Clã de Santa Quitéria e O Bacamarte dos Mourões. Citações de louvor ao notável historiador foram feitas por Raimundo de Menezes no seu "Dicionário Literário Brasileiro" e no "Dicionário de Literatura Cearense". 
A descoberta de "O Sertão" foi então para os ipueirenses e para a comunidade literária cearense um presente, talvez possa ser considerado a primeira obra impressa de um homem que em vida foi conhecido como escritor de punho seguro e detentor de uma linguagem concisa e sazonada pela técnica. (A primeira edição de "O Sertão" data de 17 de março de 1916).


Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.

2.8.16

BRASIL: A LAVAJATO NO CINEMA


1.8.16

LETÍCIA E O TORCEDOR DO BOTAFOGO


No início dos anos 1970s, acontecia em Brasília um torneio de futebol Rio-São Paulo. O país ainda celebrava a conquista da Copa do Mundo de Futebol em julho de 1970. Os times eram Botafogo, Vasco e Flamengo pelo Rio e São Paulo FC, Santos e Corinthians por São Paulo.
Brilhavam os craques campeões do mundo, especialmente Rivelino pelo Corinthians e Pelé pelo Santos.
Fui ao estádio Mané Garrincha (modesto na época), no dia do jogo Botafogo x Corinthians.
Por motivo de segurança as torcidas estavam separadas. A torcida do Corinthians na arquibancada da esquerda e a torcida do Botafogo na arquibancada da direita.
O Botafogo fez o primeiro gol. Neste momento, enquanto a arquibancada da direita fervia, a torcida corintiana à esquerda, silenciava.
Foi quando um torcedor botafoguense, portando uma bandeira do time, caminhou em direção à torcida corintiana, chegando bem perto. Foi agarrado e se não fosse a pronta ação de alguns policiais, tomaria uma surra de alguns corintianos mais exaltados.
Despenteado e com a camisa rasgada foi conduzido por um tenente da polícia militar até à torcida do Botafogo.
-Você é louco, cara? Provocando a torcida do Corinthians...quer morrer? Fica na tua ala e não me aparece mais deste lado !
O torcedor voltou para a sua torcida que o recebeu efusivamente. Um herói. Havia provocado a aguerrida torcida adversária e voltara vivo.
Não demorou muito e o Botafogo fez o segundo gol. Comoção geral no estádio.
Eu estava no lance de arquibancada vizinho à torcida corintiana e pude ver o torcedor botafoguense novamente se aproximando, ainda portando a bandeira do time.
Recalcados, alguns torcedores corintianos o chamavam aos gritos para que se aproximasse ainda mais. Antevi um massacre.
Dois policiais militares impediram a aproximação do botafoguense enquanto dez outros procuravam conter o grupo corintiano enfurecido que queria pegar o rapaz.
Grassava na época em Brasília um surto mortal de meningite infantil que deixara a cidade em estado de emergência.
Mesmo contido pelos dois policiais, o botafoguense gritou para os adversários a guisa de uma provocação definitiva.
- Rivelino está com meningite !!!
.......

Algum leitor deve estar me cobrando uma referência à Letícia, conforme o título da matéria.
- Precisa?


........

Foto : site falaglorioso .com. br

Jean Kleber de Abreu Mattos, cearense, nascido em Fortaleza, viveu em Ipueiras do Ceará dos dois aos oito anos de idade. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco. Atualmente é doutor em fitopatologia e professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.