NATAL SERTANEJO
Dalinha Catunda
*
Quantos natais se passaram
Quantos deles ainda virão?
Alguns eu passei no Rio,
Outros tantos no meu chão.
Mas pra falar bem a verdade
Eu sinto bastante saudades
Dos velhos natais do sertão.
*
Em minha Santa inocência,
Acreditava em Papai Noel.
Que na véspera do Natal
Cumpria seu doce papel.
Distribuindo presente
E a criançada contente
Fazia o maior escarcéu.
*
Eram humildes presentes,
Isso não tenho como negar.
Às vezes uma lembrancinha
Para em branco não passar.
Mas era grande a alegria,
Naquela grande família,
Em seu singelo celebrar.
*
Sapatos e roupas novas,
A família inteira ganhava.
Na passagem do novo ano,
Era que a gente estreava.
Era na cambraia bordada,
E com nossa saia rodada
Que o Ano Novo começava,
*
No galinheiro um peru gordo
Aguardava sempre a ocasião.
Era o banquete das famílias
Que assavam galinha e capão.
Comida tinha com fartura
Pois assim era nossa cultura
Naquela Santa celebração.
*
A ceia, a missa do galo,
A visitação da lapinha.
Antes da missa o passeio,
Dando giros na pracinha.
Hoje celebro na verdade,
O velho Natal da saudade,
Que um dia viveu Dalinha.
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Foto: sitedecuriosidades.com/im/g/0F7EF.jpg
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2 Comentários:
VOTOS DE FELIZ NATAL A NOSSOS LEITORES COM A POESIA DE DALINHA. GRANDE ABRAÇO.
Linda sua poesia Dalinha, sua estrela brilha cada vez mais, feliz natal.
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