Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

28.3.12

Coisas Engraçadas de Não se Rir XVII: Uma Crônica Excitante

Raymundo Netto

Especial para O POVO, Fortaleza-Ceará 28 de março de 2012 03:21.

Na época já era de se ouvir na voz de Raulzito: mesmo usando 10% de minha cabeça animal, eu sei, o dicionário está mesmo cheio de palavras que eu nunca hei de usar. Da mesma forma, me parece, podemos dizer de um curioso lardo jornalesco atual. Foi passar a vista nas manchetes e... Não é que numa ilha das Filipinas as mulheres ameaçaram greve de sexo, caso seus homens não parassem com as contínuas disputas de terra? A (des) mobilização deu certo! Não me estranha, porém, a o motivo de tal união feminina: com o bloqueio das estradas pelos homens armados, elas passaram a ter dificuldade de receber os produtos de suas costureiras preferidas. "É mais fácil um camelo passar num buraco de uma agulha..."
“As lulas são bissexuais!”, afirmam os cientistas a partir de estudos de imagens submarinas — por mais de 20 anos assistem inimaginosas cenas. Para Hendrik Hoving, chefe de pesquisa, nada mais que explicado: as profundezas do mar são tão escuras que, na hora do “vamos ver”, não dá para ver é nada, ou mesmo perguntar se quem está do outro lado é macho ou fêmea. Vira-se com o que tem às mãos... No caso das lulas, creio, muitas.
Outra aconteceu na Flórida. Rapaz de 20 anos é preso ao abusar sexualmente de... uma máquina de salgadinhos? O “Bradenton Herald”, tablóide local, garantiu que o cidadão introduziu “parte de seu corpo” na indefesa máquina. O infratarado justificou, entretanto: “queria apenas arrancar dela umas moedas”. Ora, um estupro inda seguido de roubo só poderia abalar a fragilíssima cabecinha da opinião pública dos Estados Unidos.
Uma tupiniquim: No interior de São Paulo, mulher denunciou o conotativo pato do marido à polícia. Aos prantos, berrava que o sem-vergonha estava abusando sexualmente da denotativa pata de estimação da família. Ave Maria... Caso similar aconteceu em Arkansas. O marido pediu o divórcio após flagrar a mulher com o cachorro do amante, ou melhor, com o cachorro-amante. Logo aquele que deveria ser o melhor amigo do homem, nesse caso, era o da mulher.
No Espírito Santo, um jovem contador ganhou na justiça o direito de se masturbar no trabalho. Isto, porque conseguiu provar: sofre de “compulsão erótica”, síndrome a provocar alterações químicas cerebrais de tirar o juízo se não houver "descarga da tensão". Assim, dias há em que o trabalhador “bate o cartão” 47 vezes. Com o tratamento, assegura, já reduziu a sobrecarga a apenas umas 18, realizadas em 15min, a cada duas horas trabalhadas, para relaxar.
Em San Diego, um voo realizou um pouso emergencial. Motivo? Um casal entrou no banheiro e de lá não mais saiu. Paranóicos, os passageiros captaram: ataque terrorista! O avião solicitou apoio de caças e desviou a rota a Detroit. Em solo, agentes e cães farejadores invadiram o banheiro e descobriram o casal resfolegando de ponta-cabeça com as calças no piso, vítima de sua aérea fantasia sexual.
O destaque do acervo do Museu Falológico da Islândia (e existe isso?) é o “pintinho” (quase dois metros) de um cachalote, além de órgãos de leões marinhos e outros. Agora, finalmente, graças ao nonagenário recém-falecido, Pall Arason, o museu dispõe de uma amostra humana, removida, conservada e recebida em tapete vermelho para quem ainda não souber o que é tal coisa ou a quem quiser matar saudade do velho Pall.
E, para concluir, por ora, a pesquisa da Universidade de Kansas revela: “Ateus têm a vida sexual melhor que os cristãos”. O estudo concluiu que a “culpa” é o grande agente do baixo desempenho sexual dos religiosos. Nem rezando... Segundo a pesquisa, para se amar mais e melhor não é preciso fé, talvez, um energético... Ora, assim como tudo isso, também não sei para que serve essa crônica que é tal qual a história daquele gêmeo que, pensando em suicidar-se, matou o irmão por engano...

Raymundo Netto. Contato: raymundo.netto@uol.com.br


Raymundo Netto que vez ou outra se lembra do mundo grande, é escritor, apaixonado nem sabe o porquê por Fortaleza, e a ela dedicou o romance Um Conto no Passado – cadeiras na calçada e mais algumas horas.

20.3.12

SÃO JOSÉ E A CHUVA

Texto de Dalinha Catunda

*

Tomara que chova hoje,

Em meu querido rincão

Quero fartura de milho,

Pras bandas do meu sertão.

Apostando em São José

O santo que tenho fé.

Vou fazer minha oração.

*

Meu querido São José,

Mande chuva de verdade

Pra nascer milho na roça,

De mim tenha piedade!

Quero pular a fogueira,

Comer milho e macaxeira,

Quero matar a saudade.

*

Maria de Lourdes Aragão Catunda, nascida em Ipueiras-Ceará, é conhecida nos meios literários como Dalinha Catunda, é poetisa, cordelista e cronista, sendo membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Também tem blog próprio - cantinhodadalinha.blogspot.com.

10.3.12

No tempo da quaresma

Por: Bérgson Frota.

Quando chegava a quaresma, a meninada nos longínquos anos 70 guardava as baladeiras e desmontava armadilhas, poupando munição pra outros tempos.
É pecado mortal matar qualquer animal neste período. Vão rezar, completava uma senhora ao ouvir de longe a reprimenda do primeiro.
Mas já era março, o começo das chuvas. Se tinha mandacaru florido e o fogo-pagô a cantar, era bom inverno, e naquele tinha.
Eram anúncios de chuva forte, de enchente do Jatobá, e para concluir tínhamos estas coisas a nos ocupar, a recortar de alegria o inverno na feliz infância.
As noites vinham chuvosas e frias, cheias de trovões e relâmpagos a nos assustar.
E quando de dia chovia, repetia-se os banhos nas praças, a correria pelas últimas bocas-de-jacaré ainda existentes e à debandada para ponte.
E lá vinha, das altas cabeceiras da Ibiapaba azulada, a primeira leva barrenta a trazer a água amarronzada e grossa que de dois a três dias já estava limpa e propícia ao banho.
A garotada pulava da ponte junto com os adultos, e rápido voltavam nadando, subindo o aterro e novamente chegando à ponte.
E lá ia um salto mortal, e lá ia um canga-pé (salto difícil), por fim saltos a se cansar até quase escurecer, ou quando o pai vinha antes buscar.
Na noite o coaxar alto dos sapos, que chamávamos de “zoada de cururu”.
Quando era hora de dormir, ficava uma “música” a nos embalar, além do som dos batráquios, dos pingos secos, mas constantes nas telhas, da chuva fina que ainda teimava a cair, completava os vaga-lumes que enchiam o “céu” do quarto, circundando os mosquiteiros.
Assim começávamos a saudar e viver as curtas, mas inesquecíveis estações invernosas do sertão.
.

Bérgson Frota escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.

1.3.12

GONZAGA O REI COROADO


Por
Dalinha Catunda

*

Traz a Unidos da Tijuca

A grande celebração.

Na avenida coroado

Será o rei do baião.

Nosso saudoso Gonzaga

Que segue com sua saga,

Encantando a multidão.

*

Luiz já é consagrado,

Pois reinar é seu destino

Encantou todo Brasil

Com o seu canto divino.

Recordar o Gonzagão

É mexer com o coração

Desta nação nordestina.

*

Quero ver o povo inteiro,

Fazendo sua louvação,

Homenageando Lua,

Luiz o rei do baião

Quero ver o sanfoneiro

Neste Rio de Janeiro

Em plena coroação.
*
Maria de Lourdes Aragão Catunda, nascida em Ipueiras-Ceará, é conhecida nos meios literários como Dalinha Catunda, é poetisa, cordelista e cronista, sendo membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Também tem blog próprio - cantinhodadalinha.blogspot.com.