Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

29.4.07

DOS SONHOS À REALIDADE


Por
Dalinha Catunda


Desde criança os contos de fadas povoaram a imaginação de Luara. Cresceu sonhando com príncipe encantado, sapatinho de cristal, despertar com beijos, carruagem encantada, três dias e três noites de festa e um, “felizes para sempre”.

Bonita, sensual, nunca precisou perguntar ao espelho se haveria alguém mais bela do que ela. Segura de si, bem cotada no rol das moças casadoiras, príncipe, não lhe faltava. Mas... tinha um porém, encantado!

Escolheu, escolheu, beijou, beijou, sem nunca encontrar a magia dos contos de fadas. Chegou até a pensar em beijar um sapo, mas seu asco pelo batráquio não lhe permitiria tamanho sacrifício, ainda mais sem garantia de metamorfose.

Para Luara príncipe encantado não fazia cocô, não fazia xixi, não roncava, nem soltava pum. Certa vez, um simples pum escapulido, foi motivo suficiente para acabar um relacionamento já bem encaminhado.

O tempo corria e Luara chegou à conclusão que sapo só vira príncipe realmente em contos de fada.

Sem querer ficar para titia, moça velha ou no caritó, como se dizia antigamente, resolveu esquecer as maravilhas que poderia lhe proporcionar uma varinha de condão, como ouvir sinos imaginários e ver estrelas inexistentes, escolheu o melhor entre seus pretendentes e casou.

No passado ficaram as ilusões e fantasias. Decidida, viveria da melhor maneira possível o que a realidade lhe oferecia.

Desceu das nuvens, onde construiu seus castelos, esqueceu as mil e uma possibilidades de prazer proporcionadas por uma varinha mágica e pisou firme no chão no intuito de escrever uma nova história onde a maturidade e a sabedoria teriam papéis importantíssimos em sua vida, como o matrimônio, a procriação e os desígnios de Deus.

Se nunca chegou a ser, nenhuma Cinderela ou princesa, também não vive voando em vassouras, nem se sente uma Moura Torta. Outro dia até se espantou, pois a chamaram: RAINHA DO LAR!!!!!!
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Foto Princesa: www.bazarvirtual.pt
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Maria de Lourdes Aragão Catunda – POETISA, ESCRITORA E CORDELISTA. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É co-gestora convidada do blog Suaveolens.

2 Comentários:

Blogger Jean Kleber disse...

Tenho certeza de que esta postagem terá bom impacto entre os leitores do blog. Parabéns, Dalinha.

29.4.07  
Anonymous Anônimo disse...

Adorei Dalinha, está bem apropriado para os dias de hoje. Sempre gostei dos contos de fada, mas o principe encantado que imaginava na minha infância tinha que ter cheiro de mato, andar a cavalo, passear de mãos dadas em noites de lua cheia e de preferência que fosse viúvo e cheio de filhos, que os criaria com muito amor,rsrs mas isto ficará para a próxima encarnação.
Forte abraço,
Tereza Mourão

30.4.07  

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