Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

Minha foto
Nome:
Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

23.5.07

TÔ VENDO TUDO



Por
Marcondes Rosa

O Povo - 23/05/2007 02:09

Repisei artigos, feitos bordões, em prol dos sofridos docentes. Mas desses, só: "tô vendo tudo (...), mas fico calado, faz de conta que estou mudo"; "apreço ao diretor"; "tempos de murici: cada um cuide de si".

Nisso, a Anpae, em seus 25 anos, aqui sedia encontro nacional em busca de "pedagogia da convivência", entre os agentes sociais de nossa educação: famílias, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, manifestações culturais (LDB).

E elege-nos amigos - ícones em abraço na cadeia histórica em busca de horizonte mais largo em tal convivência, dando voz, por nós, mais franca e jovial (77 anos), a Adísia Sá.

Artigo de Walter Garcia, "Enfim, temos Fundeb", daria o tom de tal busca. Nem tanto a "euforia governamental e de alguns educadores ao feito maior destes 20 últimos anos", nem o desânimo pela "situação extremamente desconfortável": o País "abaixo do 60º lugar", em qualidade.

O artigo, pelo apelo ao táctil das cifras e a contenção de grotescos just in times, mostra-nos um alcançável amanhã, na contra-mão dos ora fabulados à sombra da(o)s mangabeiras, para um futuro "quando todos estivermos mortos" (Keynes).

Ao abrir o encontro, Maria Luíza Leite Barbosa envolve-nos nessa "pedagogia da convivência", ao repensar escolas e necessidades sociais de agora. Escolas que, por si sós, não fecham prisões, já que hoje abrigam gangues (nas periferias) e tribos (entre as elites) até.

Na saída, sondam-me sobre o affaire "ronda de quarteirão e uso dos símbolos" (farda e veículos). Falo do poder do simbólico para o imaginário do povo. Sim, dar um banho estético, em nossas indignas e feias escolas.

Salários dignos a retirar, desse imaginário, o velho fusca com o "hei de vencer, mesmo professor", no pára-choque.
E esperar que se irrigue de crédito a oca retórica dos governantes. ___________________________________________
Foto do olho: www.alma.blogger.com.br/2006_11_01_archive.html
Foto do fusca: www.ibge.gov.br
Foto do policial: canais.rpc.com.br
___________________________________________

Marcondes Rosa de Sousa, advogado, é professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Ceará (UECe). É uma das maiores autoridades em educação do Brasil. Ex-presidente do Conselho de Educação do Ceará e do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação, é Colunista do jornal " O Povo ", onde mantém seus artigos quinzenais.

1 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

Bom ler mais um artigo de Marcondes Rosa, um cidadão a serviço da Educação.
Pode ser que levartar a bandeira da educação, seja "chover no molhado" mas ele continua firme e forte, como "água mole em pedra dura"
Dalinha catunda

24.5.07  

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial