CASAMENTO EM BRASÍLIA EM 2018
Por
Jean Kleber Mattos
Estava tudo combinado. A noiva pesquisadora sairia do
trabalho e iria direto para o cabeleireiro no Terraço Shopping. De lá, ela seguiria para a casa da mãe onde
vestiria o traje nupcial, e todos rumariam ao cartório, no Edifício Venâncio
2000, para a cerimônia que se daria às 15,30 horas. Pela manhã, o bouquet de astromélias e hortências
feito na Central Flores ficara pronto para seguir junto com a noiva.
Houve atraso no cabeleireiro. A noiva ligou para a
mãe pedindo que ela levasse o vestido e o bouquet
direto ao shopping, pois ela o
vestiria lá mesmo e daí rumariam todos para o cartório. O tio levaria a todos
no seu carro. O tempo passava. No shopping,
o traje foi vestido mas faltavam noventa segundos para se completar o tempo
mínimo de cobrança do estacionamento. Era recomendável esperar pois havia o
risco da cancela não abrir caso o translado até ela excedesse noventa segundos.
Nesse momento, o irmão da noiva ligou para dizer que
estava apanhando o noivo na residência e que rumariam em seguida ao cartório,
ponto de encontro para todos. A noiva estava em pânico. O casamento tinha que
ocorrer naquela data, pois qualquer adiamento impediria a obtenção do visto
permanente do noivo francês, cujo temporário estava vencendo. Liberado o
estacionamento, viu-se que já estava praticamente na hora da cerimônia.
O tio então, utilizando vias alternativas e alta
velocidade, deu o seu show particular como piloto de fuga. A noiva pediu que
ele não entrasse no estacionamento subterrâneo. Que a deixasse na portaria do
prédio, para depois se reencontrarem no cartório. Assim foi feito. Ela saiu correndo
do veículo rumo à entrada do prédio, de vestido branco e com o bouquet na mão. No elevador, em meio aos
passageiros que a olhavam curiosos, encontrou um colega de colégio que pareceu
admirado.
- É isso mesmo - falou ela- estou casando !
Todos no elevador pareciam comemorar.
Enquanto isso, no estacionamento, não havia vaga fácil.
O tio deixou a esposa e os pais da noiva à frente do elevador e foi procurar um
lugar. Como demorasse, os pais da noiva seguiram no elevador. A esposa do tio
ficou aguardando a sua chegada. Ao chegarem ao primeiro piso, os pais da noiva
encontraram o tio que perguntou pela esposa.
- Está aguardando você lá embaixo ! – foi a resposta
- Ainda faltam dois pisos. É na sala 320! – falou ele,
enquanto se encaminhava novamente à garagem.
Enfim reuniram-se todos no cartório, a tempo da
cerimônia, com aplausos dos amigos que haviam acorrido ao local.
Alianças
Amigos
O jantar
À noite, o jantar com amigos e familiares. Na grande
mesa formaram-se espontaneamente duas alas: a dos jovens solteiros e a dos
casados. Na ala dos jovens solteiros a risadaria era geral e alta. Eles zoavam
os micos dos amigos, já cheios de vinho. Na ala dos casados, um pouco mais
comedidos, ríamo-nos dos episódios típicos da vida conjugal que cada um narrava.
Na hora da torta, o discurso dos noivos. Agradecimentos emocionados pelo apoio
dos amigos.
Torta e discursos
O lançamento do bouquet
Saímos então todos para a rua, onde ocorreria o
último ato, o lançamento do bouquet,
que se deu na calçada do restaurante, na 115 Sul, depois das 22 horas. Uma
algazarra deliciosa!
Cumpria-se assim o programa de mais um casamento
universitário em Brasília.
3 Comentários:
Jean, como sempre, texto excelente. conforme você ia narrando, entrei nas cenas e me senti parte de todos os eventos que aconteceram.
à Vanessa e marido, muitas felicidades e que construam uma vida de muita paz. Beijos. Lucrecia
Obrigado Lucrécia. A família agradece comovida.
Jean, que texto lindo e que casamento fantástico. Desejo a Vanessa e seu marido, muitas alegrias nesta união, assim como tem sido a união de seus pais até hoje corujas. Parabéns a todos e bênçãos de Luz sempre!
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial