Ao falar desta data tão importante a da figura do pai, queria prestar
também nesta crônica uma homenagem a todos os pais.
Na lembrança dos que se foram, àqueles cuja alegria nos fazia renovar
o dia pela simples presença, novos ou velhos, pois a velhice paterna se
assemelha mais a santidade.
A
figura paterna nos evoca um grande respeito e amor, seja dos pais ainda
presentes entre nós seja dos ausentes, cuja lembrança e saudade se fazem mais
que presentes a cada dia nos nossos corações.
Aos pais então, cuja providência divina levou para junto do Senhor, os
respeitos e as louvações devidas neste dia, e nos muitos que nos serão permitidos
lembrar.
Diz a Santa Bíblia que as últimas palavras de Cristo se dirigiram a
seu genitor --- “Tudo consumado Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito”. E
estas palavras têm ecoado por séculos no inconsciente coletivo humano.
Aquele que por nós veio dar sua vida recorre antes novamente no Jardim
de Getsemani, ao seu criador --- “Pai afasta de mim este cálice”. Numa súplica
muda quando o suor já lhe descia o rosto transmutado em sangue.
As duas citações servem a um propósito claro, nos últimos momentos de
vida Jesus chamou pelo Pai, e somente no desespero em que a carne revolta
gritou mais forte diante de tanta insuportável dor ele disse --- “Meu Deus, meu
Deus, por que me abandonastes ?”. Mas foi ao Pai a quem dirigiu “ele” seus dois
últimos pedidos.
Jesus é para nós o guia, um exemplo, e seu exemplo em relação o
respeito ao Pai nos toca, esta figura santa destaca em seus atos o sagrado
valor da paternidade.
Tocar o coração humano com palavras é algo difícil, e ele o fez,
tocar-lhes o coração com este texto é o que busco, sem ter a confiança de
fazê-lo.
Queria junto a uma homenagem coletiva aos pais lembrar de um nobre
senhor já partido cuja sobriedade e coragem, ainda anima em lembrança o lar de
minha família.
Meu pai, Jeremias Catunda Malaquias.
Ao referir-me de forma sutil e rápida, ao meu genitor, e parecer
perder-me num texto ao dia dos pais, retorno aos pais presentes, aos que entre
nós estão, aos que são e sabem com justiça e integridade exercer a função
paterna, aos pais futuros, e aos que iniciam este difícil, mas grande e
prazeroso exercício.
Ao concluir esta crônica a homenagear os pais, deixo como tributo ao
meu pai e todos os outros no seu dia, meu eterno agradecimento. Deixo a todos
àqueles cujas determinações maiores já não permitem contar mais com a presença
física de seus genitores, minhas saudações e respeito, e aos pais que iniciam
sua caminhada os parabéns, pois a paternidade não é e nunca foi uma obrigação,
constitui este posto numa das mais nobres bênçãos que Deus permitiu aos homens,
ser pai como Pai de todos “Ele” também o é.
1 Comentários:
Os pais são figuras de fato sagradas para nós, como filhos devemos reverenciá-los se presente ou já partidos. Uma linda e comovente crônica para o dia dos pais.
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