A VISAGEM
Gonçalo Felipe
Fiquei assim: matutando
Com O TEMPO DAS BOTIJAS
Oh, meu pensar me corrijas
Se errado estou falando
E um pouco acrescentando
No que diz o jornalista
Nesse seu ponto de vista
O meu jornalista nobre
Diz que botijas descobre
Quem a visagem visita.
E se alguém conquista
Da visagem a confiança
Receberá como herança
O seu "tesouro" escondido
Porém fica decidido
Que o buraco não se tapa
Do contrário não escapa
De alterar seu destino
Sendo cruel e ferino
Desaparece do mapa.
Tem que deixar uma moeda
Pagando o buraco aberto
Não o fazendo, é certo
Ficar amaldiçoado
Na vida amedrontado
Termina enlouquecendo
Portanto, foi esse adendo
Que humilde acressentei
Se não fui claro, tentei.
Veja outro caso ocorrendo:
Tem muita gente sabendo
O agora o que acontece
Uma mulher aparece
Toda vestida de branco
Tem depoimento franco
Narrando bem claramente
Nem precisa ser vidente
Para ver essa tal visagem
De falar falta coragem
Ficam olhando somente.
Quero aqui deixar ciente:
Acredito com certeza.
Segundo D' Tereza
Ao tomar conhecimento,
Um espírito em sofrimento
Pode assim ficar vagando
E por certo procurando
Um ráio intenso de luz
Que ao bom caminho conduz
Sua dor amenizando.
E não andará mais penando
Por baixo de juazeiro
Andando sem paradeiro
Um certo preço pagando
Alguém a viu soluçando
Com um barulho no peito
Sem indentificar direito
Com que ele parecia
Apenas bem o ouvia
E o medo fazendo efeito.
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3 Comentários:
Bem a propósito da matéria do professor Bérgson Frota sobre as botijas, o poeta Gonçalo Felipe nos brinda com seus competentes versos sobre o tema. Obrigado, poeta!
Gonçalo Felipe,
Em suas décimas nos apresenta seu conhecimento sobre as velhas botijas e suas histórias. Para nós que escrevemos é muito bom colher informações sobre tais fatos ou lendas.
Um abraço,
Dalinha
Excelente poesia!
Gostaria entrar em contato com Gonçalo Felipe para solicitar sua autorização para incluir a poesia em um livro que estou escrevendo.
Meu correio é: lcaponi@gmail.com
Grato.
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