
Esta história minha gente,
Em Ipueiras se deu.
É a história da Dalinha,
E seu amigo Tadeu.
Era final de outubro,
Quando tudo aconteceu,
Foi o ano cinqüenta e dois,
Um ano par com certeza.
Foi festa pra dona Ineizita,
Foi festa pra dona Neuza.
Duas crianças nasciam,
Catunda por natureza.
Em 28 de outubro,
Deu-se a confirmação.
Do nascimento de Tadeu,
E de Dalinha Aragão,
Com detalhes conto agora
Esse caso do meu sertão
Dona Neuza chupou manga,
E logo em seguida pariu.
Dona Ineizita aconselhada,
Os mesmos passos seguiu.
No mesmo dia à noite,
Seu rebento então surgiu.
O sangue dos dois percorreu,
Desde o inicio a mesma estrada.
A tesoura de dona Ineizita,
A Neuza fora emprestada
E o umbigo das duas crianças
A mesma tesoura cortava.
Nascia um menino louro,
Nascia uma morena arretada.
Era um cravo e uma rosa,
De uma primavera esperada.
Na casa das duas vizinhas,
Era uma alegria danada.
O cheiro de alfazema,
Se espalhava pelo ar.
O licor era servido,
A quem vinha visitar,
O casal de criancinha,
Que acabara de chegar.
Seu Zeca se apressou,
Em registrar seu varão.
Mas não teve humildade,
Na hora da tal opção,
Escolheu dois nomes de santo,
Mostrando sua devoção.
Dona Neuza quando soube,
Tomou logo uma decisão,
Pediu que seu Espedito,
Resolvesse a situação,
Registrando do mesmo modo,
Seu ente ainda pagão.
.
-Espedito, por favor,
registre esta inocente.
Dê a ela dois nomes santos,
Para eu ficar contente,
Se lá registraram assim,
Aqui não será diferente.
E foi assim nestes termos,
Que o registro se deu:
Ela, Maria de Lourdes.
Ele, Francisco Tadeu.
E uma amizade crescente,
Entre os dois floresceu.
Um romance entre os dois,
Teve um desfecho fatal.
Tadeu flagrou Dalinha,
Fazendo cocô no quintal,
Debaixo de um canteiro,
Deu-se o trágico final.
Nascidos no mesmo dia.
Nascidos na mesma rua.
Ela nasceu com o sol,
Ele nasceu com a lua.
E dizem que são até hoje,
Farinha da mesma cuia.
O que sei é que a amizade,
Dos dois é uma realidade.
São verdadeiros amigos,
E se curtem de verdade.
E sempre que se encontram,
É p’ra matar as saudades.
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Os versos são de Dalinha Catunda. Os amigos somos nós. Os parabéns são de todos, ipueirenses ou não, esta legião de amigos conquistados com o bom caráter e a simpatia de Dalinha Catunda e Tadeu Fontenele. Muitas felicidades!
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4 Comentários:
Tadeu e Dalinha!
Quero homenageá-los com uns versos inéditos que criei hoje mesmo!
Vejam...rsrs
Parabéns a vocês
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida!
Que tal?
Graaande abraço!
Que versos bonitos!!e aproveito para enviar aos conterraneos e amigos Dalinha e Tadeu que estao aniversariando!Que a vida continue coroada de exitos!Mil beijos,Darci ( do seu Camaral)
Concordo com Darci, os versos são deveras bonitos. Parabéns Jean Kleber pela criatividade em alta.
Darci Jean Kleber obrigada pelos bons votos, pelo carinho e pela amizade de vocês.
Um abraço carinhoso,
Dalinha
Jean Kleber e distinta família do Suaveolens,
Com emoção, agradeço a homenagem que o Suaveolens fez a Dalinha e a mim no nosso aniversário. Também a Darci, que de tão longe, da Alemanha, nos cumprimentou. Abraços em todos, do Tadeu.
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