Por
Ilvis Ponciano
(Do Grupo Ethos-Paidéia)
Estou em falta com o nosso grupo por não ter me manifestado sobre a passagem do meu querido amigo e companheiro de ideal Pierre Weil. Tão logo fui informada por companheiros de Brasília e de ter recebido a solicitação de estar presente, comuniquei à imprensa de Fortaleza e a alguns colegas, comprei a passagem e viajei. Retornei ontem, quase noite, extremante cansada de três dias de velório e apenas umas oito horas de sono, nesses três dias.
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Seu corpo foi cremado. Metade de suas cinzas foi jogada na cachoeira da Granja do Ipê, séde da UNIPAZ, em um comovente cerimonial, iluminado por uma linda Lua cheia e ao som da Ave Maria de Gounod, na adaptação de Jorge Aragão (samba lento), de que ele tanto gostava. A outra metade vai ser levada para a França, pela segunda filha que lá reside, e colocada nos lugares que ele previamente havia escolhido.
Pierre faleceu na sexta-feira, (10/10), de parada cárdio-respiratória, em sua residência. Apesar dos senões naturais de uma pessoa de 84 anos, estava relativamente bem. Havia participado na segunda-feira de uma homenagem no Senado Federal, onde discursou e deu entrevista. No final da semana anterior, facilitou um seminário para a Formação Holística de Base, no Campus DF. Daí, a surpresa de sua repentina passagem. Nem as tentativas de reanimação, realizadas pela filha que é médica e estava presente, resolveram.
Todas as Tradições Sapienciais participaram do seu velório, homenageando-o com o mais nobre sentido de gratidão, pela importância do seu trabalho.O fato é que o Pierre se foi, mas deixa um grande legado e um sonho possível de ser realizado - a Paz. Para tanto, desenvolveu um programa pedagógico para a paz, reconhecido pela UNESCO, com o Prêmio 2000 de Educação para a Paz. No próximo e-mail, escreverei sobre a Teoria Fundamental do seu trabalho.
Vou mandar também a poesia "Samurai da Paz", que escrevi em homenagem póstuma e li, abrindo o cerimonial de despedida. A partida de uma pessoa como o Pierre Weil, deixa o mundo menor e mais pobre, sem dúvida. E a partida de qualquer um é imprevisível, por isso não perco nunca a oportunidade de dizer:
AMO VOCÊS!
Ilvis
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EM TRIBUTO A PIERRE WEIL
Por
Marcondes Rosa de Sousa
(Coordenador do Grupo Ethos-Paidéia)
Amigos,
Em tributo a Pierre Weil, diria que sua obra “O corpo fala” (foto em anexo) em minha geração, para além do “Meu encontro com Marx e Freud”, de Erick Fromm, marcou minha geração, nos tempos de juventude.
Em mim, lembro-me, abriu-me, somando-se ao da semiologia lingüística, após ficar literalmente “furioso” com teste perceptivo que havia feito, em que se registrava pouca capacidade minha para a leitura concreta de meu redor. Num grupo de psicoterapia, saí-me, com a clássica frase em minha defesa. O terapeuta riu-se. Pediu-me que fechasse os olhos e perguntou a cor de minha camisa... Eu, gago, errei... Todos riram. Ele, o terapeuta, aí, indicou-nos a obra o “O corpo fala”. E, no desenvolvimento dessa “gramática”, iniciávamos psicodramas e outras técnicas, das quis, no plano lingüístico-semiológico, me valeria.
Depois, o conheceria, pelas obras e pela Unipaz. A ele, sua obra e seus ensinamentos, o tributo.
Marcondes
Fotos: site grupolet.com/img/fotoN_corpofala04.jpg
1 Comentários:
Esta será uma das muitas homenagens que Pierre Weil receberá. Ele foi realmente alguém que marcou nossa civilização. Como cientista e como iluminado. Obrigado a Ilvis e Marcondes!
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