Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

10.8.08

PAI NÃO PODE SER QUALQUER UM

Por
Ângela Rodrigues
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Há um adágio popular que diz: “mãe só existe uma, pai pode ser qualquer um”. Nunca gostei dele. Não consigo aceitar nenhum tipo de rótulo. Sei que a sabedoria popular nos ensina muitas coisas, mas sempre evitei acreditar em coisas do tipo “homem é tudo igual” ou, “todo político calça quarenta”, etc.
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Gosto de acreditar nas pessoas. Em seu potencial. No que cada uma pode fazer diferente, apesar da semelhança. Por isso não gosto de rotular. Sempre achei injusta a forma como as mães são colocadas num pedestal e, aos pais, é relegado um papel secundário. Vocês já perceberam a grande diferença entre a festa que as escolas preparam para o dia das mães e a dos pais? A movimentação no comércio também é diferente. Não há como negar. O dia das mães é um dia especial. O dos pais é apenas mais um dia no calendário.
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Quando vamos falar sobre mães nos esmeramos em adjetivos, metáforas, hipérboles, palavras doces, suaves e tudo mais que a linguagem nos permite, mas para falar de pai bastam algumas poucas palavras, objetivas... Claro que há exceções, há textos belíssimos homenageando os pais e dando a eles a devida importância e valor que merece.
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Não quero aqui diminuir o valor das mães, este é inquestionável, mas das mães verdadeiras, que assumem dignamente seu papel. O que estou questionando é a “desvalorização dos pais”. Não acho que pai pode ser qualquer um. Eu escolhi a dedo o pai dos meus filhos, não daria a eles qualquer pai. Minha mãe também nos deu um pai adorável: não no modelo pai herói, mas um homem íntegro, honesto, severo, que nunca nos falou de amor, mas que revelava este amor ao nos pegar no colo e até mesmo quando nos punia.
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Um homem que não possuía conhecimentos acadêmicos, mas procurou nos ensinar sobre valores e honestidade; que não cantava para nos colocar para dormir, mas trabalhava arduamente para que nunca nos faltasse o pão; que dizia: “basto em besta e estudo em mulher não tem nenhuma serventia”, mas fazia questão que estudássemos. Um sertanejo de olhar duro, pouco sorriso, mas que chora de emoção ao ser abraçado por um filho. De mãos calejadas, mas de coração generoso.
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Há pais e mães maravilhosos, pessoas que cuidam de suas crias como verdadeiros tesouros, que encaminham, apóiam, amam e protegem. Pais que assumem o papel de pai e mãe, e vice-versa. Pais, assim como as mães, são construídos na luta diária, são humanos, erram, acertam, amam, pecam, sonham, sofrem.
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O filho é resultado do encontro de dois seres, claro que à mulher cabe um papel mais presente, afinal ela gera, carrega no ventre, amamenta, mas a presença do pai é importante em todos esses momentos. Eu não consigo imaginar a minha vida sem a presença de papai, mesmo de seu jeito distante, mesmo separado de mamãe, assim como não imagino o que seria de cada um de nós sem a força extraordinária de minha mãe.
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Eu ainda acredito que pai e mãe são aqueles que estão presentes na vida do filho, são aqueles que cuidam e dão amor, carinho, afeto, mesmo que não possuam laços sanguíneos. Há pais e mães afetivos que são muito mais pais/mães que os biológicos. O amor é que cria afinidades, respeito, cumplicidade e não a consangüinidade. Que todos os homens e mulheres que criam seus filhos, com amor, e os encaminham para uma vida digna, possam ser chamados de pai e mãe, recebendo de seus filhos, todo o amor e respeito que merecem.
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A cada um desses homens e mulheres que assumem este papel fundamental na vida dos filhos, meu afeto sincero, e meu desejo de longos e felizes dias de convivência ao lado de seus rebentos. FELIZ DIA DOS PAIS a cada um que se sentir digno de ser chamado PAI. Parabéns!
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Foto: do site belasmensagens.com.br/.../paistop16.jpg
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Ângela M. Rodrigues de Oliveira P. Gurgel, poetisa, nasceu em Mossoró-RN, tendo vivido em outras cidades do Rio Grande do Norte (Almino Afonso, Caraúbas, Caicó e Natal) e do Pará (Tucuruí e Marabá). Atualmente mora em Mossoró-RN. Graduada em Ciências Sociais, cursa atualmente Filosofia na UERN (Universidade do Estado do RN) e Direito na UnP (Universidade Potiguar). Já exerceu o cargo de Secretária de Educação em Caráubas, onde também foi Diretora de uma escola de Ensino Médio.

7 Comentários:

Blogger Jean Kleber disse...

Um exercício de prosa de Ângela Rodrigues para nós que estamos acostumados a ler seus versos, sua poesias. Mais uma peça importante na homenagem do blog Suaveolens ao Dia dos Pais. Valeu, Ângela.

10.8.08  
Blogger Dalinha Catunda disse...

Ângela, em prosa ou em versos você espalha suas verdades que muitas vezes bate com as verdades de outros. Realmente, "Pai Não Pode Ser Qualquer um". "Um qualquer" pode sim, fazer um filho. Porém, cuidar da saúde, dar estudo, educação,guiá-lo para um bom caminho,tudo isso é função exercida por um ser especial. Este, sim, pode ser chamado de PAI.
Um abraço e parabéns pela prosa.
Dalinha Catunda

11.8.08  
Anonymous Anônimo disse...

Cara Ângela, não sei se classifico seu excelente trabalho de crônica ou narrativa, acho que um misto dos dois. O certo é que posso lhe parabenizar com muito prazer pois não só o conteúdo do texto mas sua forma de desenvolvê-lo merecem nota dez. Parabéns.

11.8.08  
Anonymous Anônimo disse...

Ângela, gostei de seu texto,
e muitas coisas são verdadeiras. E ele abrilantou o blog do Jean Kleber. Parabéns.

11.8.08  
Anonymous Anônimo disse...

Obrigada Professor Kleber, sempre fico "sem graça" diante de seu carinho e da receptividade de todos do blog. Sou apaixonada pelo exercício da leitura e da escrita, mas apenas uma aprendiz e fico perdida entre os feras que escrevem para seu espaço, sempre tão rico. Boa Noite! Abraço a todos.

11.8.08  
Blogger Antunes Ferreira disse...

LISBOA - PORTUGAL

Olá!
PEÇO O FAVOR DE ENVIAR ESTE COMENTÁRIO, SEMELHANTE AO QUE AQUI DEIXEI COM MUITO PRAZER, PARA A ÃNGELA GURGEL, EM CUJO BLOGUE NÃO CONSIGO ENTRAR. MUITÍSSIMO OBRIGADÉRRIMO!!!!!

ÃNGELA
Gostava de chegar ao teu blogue. Pelo que vejo no teu texto, deve ser bem feito, comunicativo, agradável, bonito – e, com certeza, está bem escrito. Esta é uma deformação profissional de um jornalista e dizem que escritor a caminho dos 67…, mas que continua bem-disposto, alegre, piadista, gozão, e – vivo.

Só uma anotaçãozinha: Durante 16 anos trabalhei no Diário de Notícias, o mais importante de Portugal, onde cheguei a Chefe da Redacção – sem motivo justificativo… pelo menos que eu desse com isso… E acabo de publicar – vejam lá para o que me deu a «provecta» idade… - o me(a)u primeiro livro de ficção «Morte na Picada», contos da guerra colonial em Angola (1966/68) em que bem contra vontade, infelizmente participei como oficial miliciano.

Muito prazer me darás se quiseres visitar o meu blogue e nele deixar comentários. E enviar-me colaboração. Basta um imeile / imilio (criações minhas e preciosas…) e já está. E se o quiseres divulgar a Amiga(o)s, ainda melhor. Tanto o blogue, como o imeile, tá? Muito obrigado

www.travessadoferreira.blogspot.com
ferreihenrique@gmail.com

Estou a implementar e desenvolver o projecto que tenho para o meu www.travessadoferreira.blogspot.com e que é conferir ao meu/vosso/NOSSO blogue a característica de PONTO DE ENCONTRO entre os Países fraternalmente ligados – Portugal e Brasil. No que estou, pela minha parte, a desenvolver todas as diligências que, naturalmente, me forem possíveis.
E, naturalmente também, para poder enviar-te «coisas» que ache interessantes. Se, porém, não as quiseres, diz-me que eu paro logo. Sou muito bem-mandado (a minha mulher que o diga…) e muito obediente (cf. parênteses anterior).
Já solicitei a colaboração da Embaixada de Portugal em Brasília, que tem à frente dela um diplomata fora de série, o meu querido Amigo, Dr. Francisco Seixas da Costa e na qual se integram mis dois bons Amigos de longos nos: o Adriano Jordão e o Carlos Fino. Seixas da Costa criou um blogue magnífico Embaixada de Portugal no Brasil, www.embaixada-portugal-brasil.blogspot.com, que vos recomendo vivamente visitar. Tem tudo sobre as relações entre as duas Nações. E já fiz o mesmo aqui em Lisboa. Espero receber resposta da Embaixada brasileira.
Este é um desejo que já ultrapassa a simples intenção. Felizmente, neste momento possui muitos comparticipantes – como desejo que seja o teu caso. Mas, com o empenhamento, a ajuda, o entusiasmo e a alegria que tenho encontrado – iremos longe. A internet (apesar dos aspectos negativos que ainda apresenta) tem uma força incomensurável e desenvolvimento tecnológico que se actualiza dia a dia.
Abrações e queijinhos, convenientemente repartidos e distribuídos

PS 1 – Quando navegarmos em velocidade de cruzeiro, quero alargar o Travessa aos outros PALOP. Que achas?
PS 2 – Desculpa por este comentário ser tão comprido e chato. Como a espada do D. Afonso Henriques…
PS 3 - Já conheces o me(a)u «Morte na Picada»? (Pode ser comprado pela net, como explico no meu blogue). DIZEM que é muito bom. DIZEM… E também há quem tenha escrito que sendo contos da guerra em Angola 66/68 (em que infelizmente e contra vontade participei), é SANGUE & SEXO… Malandrecos… Depois de leres, se, por singular acaso, tiveres gostado dele, terás de comprar muitíssimos mais exemplares. São excelentes prendas de aniversários, casamentos, divórcios, baptizados, Natais, Carnavais, Anos Novos, Páscoas, Pentecostes, vinte e cincos de Abris, cincos de Outubro, dezes de Junhos. Até para funerais. Oferecer o «Morte» na morte fica bem em qualquer velório que se preze. E, além disso, recomenda-o, publicita-o, propagandeia-o, impinge-o aos Amigos, conhecidos, desconhecidos & outros, SARL. Os euros estão tão raros e... caros...

15.8.08  
Blogger Antunes Ferreira disse...

Caro Jean
Peço-te desculpa de no pedido para dares conhecimento do meu blogue à Ângela Gurjel não te ter agradecido, magnífico Autor.
Para além de me penenticiar, aguardo a tua visita, para nos conhecermos melhor. Também dei aulas em duas Universidades de Lisboa
Abs

15.8.08  

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