NAMORO À MODA ANTIGA
Dalinha Catunda
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Quando nos conhecemos
Era eu, uma flor em botão,
Você um quase menino,
Pleiteando meu coração.
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Quase afundou minha rua,
De tanto passar por lá,
Olhava-me e até piscava,
Sem coragem de chegar.
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Quantas dificuldades,
Imagine a emoção,
Até ficar lado a lado,
E pegar em minha mão.
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Foram cartas e bilhetes,
Recados pelos amigos,
No rádio canções ofertadas,
Encantavam-me os ouvidos.
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Depois da primeira dança,
Pintava o primeiro beijo,
E nós, jovens adolescentes,
Embalávamos os desejos.
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Surgiam então as brigas,
Como era de costume,
E o choro dos namorados,
Em nome do velho ciúme.
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Depois do vendaval,
Alegria e reconciliação,
As brigas só temperavam,
O amor e a paixão.
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Hoje é tudo tão fácil,
E um tanto sem sabor
A mulher já não é caça,
Nem o homem caçador.
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Ficar é a pedida,
Foram-se os rituais.
Namoro à moda antiga,
Com certeza nunca mais.
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NOTA DO BLOG: Com estes versos de Dalinha Catunda, o blog Suaveolens homenageia o Dia dos Namorados!
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Foto: site oglobo.globo.com
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3 Comentários:
Nada melhor para homenagear os namorados em seu dia que os versos graciosos e singelos de uma poetisa como Dalinha Catunda. Obrigado, Dalinha.
Parabéns Dalinha, melhor homenagem ao dia dos namorados não podia haver. Rima fácil, leve, cheia de conteúdo e ternura.
Bérgson Frota
Bom dia. Bela poesia Dalinha. Saudades dos tempos em que tudo era tão mais ameno... Abraços.
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