Por
Marcondes Rosa
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Dias atrás, em duas ocasiões, participo, a convite de meu irmão Walmir Rosa de Sousa e, após, de minha irmã Solange Rosa Marques, da visita a seus lares da imagem de Nossa Senhora de Fátima.
O fato me faz recordar os tempos de criança, quando Ipueiras recebia a visita da imagem original de Nossa Senhora de Fátima, vinda de Portugal. Postava-me eu, à noite, a praça cheia frente à matriz cheia, eu ajoelhado feito o Pastorinho Jacinto. De repente, o padeiro Vicente, surdo-mudo, não se contém e literalmente grita num “Viva Nossa Senhora de Fátima”, para o espanto geral...
Pouco tempo depois, Padre Correia, vigário de Ipueiras, valendo-se de suas relações com Dom Manuel Pedro da Cunha Cintra, bispo de Petrópolis e visitador apostólico dos seminários no País, indica-nos, a mim e a Frota Neto, para o Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis.
Após o primeiro ano, a surpresa. Dom Cintra, em solenidade, anuncia ter eu conquistado a maior nota, convocando-me para a recepção do troféu. Levanto-me, sem jeito, e, ao receber a comenda, devolvo-a num suposto gesto de humildade. Do bispo, recebo, em incomodantes palavras, lição a estabelecer a diferença entre “vanitas” e “veritas”, numa crítica ao fato de não haver eu aprendido a lição...
Em conversa com Luís Marques, marido de minha irmã, ele, ex-marista, nos conta haver estado em Portugal, no santuário de Fátima, e ter orado bem em
frente à azinheira sobre a qual Nossa Senhora apareceu aos três pastorinhos. Fala-nos ele nos milagres que lá viu e que neles acredita. A primeira imagem, seguindo indicações de irmã Lúcia, foi oferecida pelo arcebispo de Évora, em 13 de maio de 1947, percorrendo, desde então pelo mundo todo.
E nos conta que, desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria peregrinos por todo o mundo.
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Marcondes Rosa de Sousa
Professor da UFC e Uece
1 Comentários:
Crônica atualíssima do prof. Marcondes Rosa, num momento da humanidade extremamente carente de valores cristãos. Obrigado, mestre!
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