Uma vez por semana, uma vez a cada quinze dias ou uma vez por mês?
Em uma pesquisa realizada em nível mundial, deu Grécia na cabeça, ou melhor, na cama. Sim, os casais daquele país dos Bálcãs são os campeões de freqüência do ato sexual. Nós estamos um pouco atrás, mas bem na frente dos japoneses, que parecem que não gostam muito daquilo. Outros preferem comer chocolate, há gosto para tudo..
Mas o que quase todos gostam, e muito, é receber o salário. Bom ter aquele dinheirinho, suado, ganho com o esforço do dia a dia, físico ou intelectual. E poder fazer o que quiser com ele, principalmente, pagar as contas.
Minha excitação, sim, foi enorme quando recebi pela primeira vez um envelope com o meu salário. Era coisa pouca, menos que um salário mínimo da época, não me lembro quanto que era, afinal, tinha meus 13 ou 14 anos apenas; já se passou muito tempo. Trabalhava como auxiliar de serviços gerais em uma fábrica de camisas.
Fiquei trabalhando em escritório até às vésperas do vestibular, o meu primeiro também (e único, na época, ainda bem). Depois disso, trabalhei em outras atividades, em Piracicaba, como auxiliar de desenhista de publicidade, até abrir, numa iniciativa empreendedora, minha própria agência de publicidade.
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Segui em outra atividade, desta vez acadêmica. Tinha uma bolsa de Iniciação Científica, do CNPq, que vinha todo o mês. Isso me garantiu o sustento para concluir o curso.
Agora, também do CNPq, recebo minha bolsa de pós-doutorado. Porém, diferentemente da bolsa de PIBIC, recebo o valor acumulado de três em três meses, sendo que o primeiro pagamento ocorreu quase depois de um mês de minha chegada por aqui. Não sei por que o CNPq adota essa estratégia, pois obriga o bolsista a organizar muito melhor, e de uma maneira diferente da habitual, suas despesas e/ou da família. Se gastar errado, complica, pois terá que esperar mais três meses até chegar mais uma remessa das bolsas.
Não foi uma experiência boa para mim, pois não estou acostumado a receber apenas depois de tão longo período. Além do mais, o custo de vida em Nova York é muito alto. Trata-se de uma das cinco cidades mais caras do mundo. Deveria receber uma bolsa maior, mas a regra é igual para todos, no caso de bolsistas. Acho que a CAPES e a FAPESP, no que se refere a valores de diárias pagas a pesquisadores, oferecem valores maiores para Nova York, não tenho certeza, posso verificar.
Esse sistema de pagamento trimestral por aqui não existe. Os salários são pagos em períodos de tempo diferentes, conforme a situação. A maioria dos trabalhadores recebe o salário semanalmente. Todas as sexta-feiras, os envelopes com os cheques são distribuídos para os empregados.
Perguntei na Columbia como era. O empregado pode fazer opção por receber seu salário mensalmente ou quinzenalmente. Vou verificar essa situação em outras empresas, maiores, e também em outras atividades do serviço público, depois conto os resultados. No Brasil, existem empresas que também pagam em períodos menores, talvez copiando a situação americana. Gostaria de saber como é em outros países, alguém sabe?
Parece-me que, se os trabalhadores recebem o dinheiro toda a semana, gastam toda semana também, mantendo um giro mais rápido do montante recebido. Não sou economista, mas isso faz a economia ser mais ativa, pois há sempre dinheiro em movimento, dentro de atividades que não são especulativas (mas podendo haver também), ajudando a fortalecer a economia do lugar.
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E você, como é? Uma vez por semana é pouco? Não preferiria todos os dias?
1 Comentários:
Artigo sobre vida profissional e bolsas do CNPq, em tom malicioso. Genial.
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