O ENTARDECER NO SERTÃO
O entardecer no sertão
Vale a pena contemplar
Já no final, as galinhas
Começam se agasalhar
O cenário é tão bonito
Que Jesus no infinito
Se debruça para olhar.
Se escuta o mugir do gado
E um bezerro berrando
Um cavalo na porteira
Fica escaramuçando
E pela brecha da porta
Uma restiazinha se nota
Com o Sol se retirando.
O sertanejo chegando
Da labuta do roçado
A criançada brincando
Correndo prá todo lado
Um pula e outro grita
Na brincadeira se agita
No seu "cavalo" montado
Um carneiro afastado
Do outro que o espera
Ele parte disparado
Em uma briga de vera
No outro dando marrada
Com uma força danada
E o furor de uma fera.
No curral, a vaca "pantera"
junta com mais um magote
Separadas dos seus filhos
Alguns já quase garrote
Nisso o Sol já perde o brilho
Ainda se escuta um novilho
E um mocó no serrote.
Agora eu vou encher o pote
Com água do cacimbão
Na rede eu vou me deitar
Vou fazer minha oração
A Jesus agradecer
Por me inspirar escrever:
O ENTARDECER NO SERTÃO
2 Comentários:
Mais um belo poema de Gonçalo Felipe sobre as belezas naturais de nosso sertão. Parabéns poeta!
Belo poema! Parabéns! Esta é a perfeita tradução do sentimento que tive ao fotografar o por do sol daquele ângulo!
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