A PROFESSORA
Ali estava ela, a apresentar-se no primeiro dia de aula. A classe cheia, e a sua presença imponente a impor um respeito brando e obediente aos alunos.
Depois de escrever na lousa, ainda quadro negro, a matéria, explicava com mansidão, mas firmeza, o que deveria ser copiado e do copiado o que precisava ser respondido.
O tempo parecia não passar. Alguém a perguntar levantando primeiro o braço, lá entre as várias carteiras escolares um não entendido.
Ela, a professora respondia. Respondendo também a outras dúvidas, e explicando os vários não entendidos que sempre se seguiam.
Se era para nota o trabalho ?
Se poderia ser feito em grupo ?
Se haveria dever de casa ?
A professora movida pela “digna vocação” a tudo esclarecia.
Depois do intervalo, as anotações finais a serem feitas em casa, e noutro dia obrigatoriamente trazidas.
Assim era a professora, na sua labuta diária a ensinar e passar aos alunos o seu conhecer. Criando neles uma curiosidade que os levava a querer mais e mais saber.
Talhando-os no ensinar e finalmente a aprender o que lhes seria útil no futuro e porque não dizer na vida.
Assim como uma mãe segunda, cumpria sua missão, a de “educar”.
A professora que um dia foi mestra de muitos passou, mas deixou no que plantou o conhecimento, e muitos que com ela estudaram, continuaram com outras e outros mestres a alargar os seus conhecimentos e assim fazer sua história.
Mais que uma profissão, um sacerdócio, uma missão, uma santa e sublime “vocação”.
Foto: Sra. Ruth Frota (do acervo do cronista Bérgson Frota)
6 Comentários:
Justíssima homenagem ao Dia do Professor, e mais ainda, à professora Ruth Frota, mestra exemplar que exerceu por 25 anos este sacerdócio da cidade de Ipueiras-Ceará. Parabéns, professor Bérgson Frota!
Uma crônica linda. Parabéns.
Fui aluno desta grande professora, pena que não more mais em Ipueiras. Parabéns pela excelente crônica.
Uma feliz homenagem aos professores e professoras, a vocação de educar, e o educar, embora tão mal valorizado e também tão mal remunerado no nosso País, é um sinal básico do atraso que nós brasileiros temos que nos apressar a corrigir. Ao autor meus parabéns.
Parabéns pela crônica, fico feliz por ver minha professora encimando o texto.
Parabéns pelo trabalho.Abraços.
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