Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

24.7.10

PERDI MEU TREM

Por
Dalinha Catunda

Às vezes me bate saudades
Das coisas do meu sertão.
Do tempo que já passou
Mas ficou na recordação.
O velho trem que passava
E eu sempre me encantava
Com sua movimentação.
*
Seu Gonçalo Ximenes,
Dos Ximenes Aragão.
Chegava uniformizado,
Era o chefe da estação.
Era agente ferroviário,
Que cuidava do horário,
E o meu avô do coração.
*
Ainda hoje está de pé,
A estação de Ipueiras.
Porém já não se encontra
As famosas cafezeiras.
Já partiram para o além
Mas ainda lembro bem,
É da Maria Capoeira.
*
Era no velho quiosque
Que hoje está diferente,
Que da chuva e do sol,
Abrigava muita gente.
E quando o trem surgia
O povo eufórico corria.
Numa alegria inocente.
*
Os trilhos ainda estão lá,
Cortando o meu sertão,
Dormentes espalhados,
Por toda aquela região.
Mas só passa o cargueiro,
Pois o trem de passageiro,
Hoje é mera recordação.
*
Minha saudade é tamanha,
Que não sei nem calcular.
E quando um trem apita,
Chego a me transportar.
Viajo lá pro meu sertão!
Revejo a minha estação!
Sem ver o meu trem passar...

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Texto e imagem de
Dalinha Catunda.
30 de abril de 2010
,dia do Ferroviário.
.
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).

2 Comentários:

Blogger Jean Kleber disse...

Dalinha, o trem é um grande tema e a sua poesia o torna maior. Parabéns! Bj.

24.7.10  
Anonymous Bérgson Frota disse...

Um belo trabalho, parabéns.

24.7.10  

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