Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

15.12.08

BIOGRAFIA DE EZECHIAS PAULO HERINGER

Por
Equipe do Jardim Botânico de Brasília
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Heringeriana: a revista científica do Jardim Botânico de Brasília
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A Assessoria de Comunicação Social do JBB anuncia para a próxima sexta-feira, 19 de dezembro de 2008, às 19 horas, o lançamento da Revista científica Heringeriana (foto abaixo), do Jardim Botânico de Brasília. A Heringeriana (o nome faz homenagem ao cientista botânico Ezechias Heringer, biografia em anexo) é uma iniciativa de conservação que desafia os padrões de publicações científicas em unidades de conservação, uma vez que recebe colaborações que versam sobre educação ambiental e pesquisa de um modo geral. A publicação tem 82 páginas, 6 artigos, uma comunicação e, no editorial, um tributo a Ezechias Paulo Heringer. Projeto arrojado e atual, esta publicação obedece a revisões diversas, entre elas às normas para edições científicas.
Informações
Coordenadora da edição, Maria Angélica Quemel: (61) 3366 3831 – (61) 9976 3292
Diretor do Jardim Botânico de Brasília, Jeanitto Gentilini: (61) 99703262
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Biografia de Ezechias Paulo Heringer
Ezechias Paulo Heringer nasceu em Manhuaçu – MG em 5 de abril de 1905. Graduou-se em 1938 pela Escola Superior de Agricultura de Lavras/MG , como Engenheiro Agrônomo. No ano seguinte recebeu o título na área de Silvicultura no Rollins College, Flórida, USA. Foi professor de Botânica Agrícola na Escola Superior de Lavras de 1934 a 1940. Heringer veio para Brasília no ano de 1960, a convite do Presidente Juscelino Kubitschek. Foi pioneiro no estudo do cerrado e suas orquídeas. A região onde fica o parque foi uma das áreas que Ezechias Heringer mais estudou. O ambientalista ficou encantado com a variedade de espécies de orquídeas no local.
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Veio para Brasília no início de 1960 a convite do presidente Juscelino Kubitschek. Foi pioneiro no estudo do cerrado e suas orquídeas. Engenheiro Agrônomo por formação, já cuidava, em Minas Gerais, da Estação Florestal de Paraopeba. Recebeu também a medalha Dom Pedro pelo Governo Federal. Era funcionário do Ministério da Agricultura e, em apenas um ano, conseguiu seu primeiro feito ambiental na nova capital. Foi o executor do primeiro convênio florestal entre o Ministério da Agricultura e a Novacap, propondo a criação do Parque Nacional de Brasília, já com os 28 mil hectares atuais. Em 1962, junto com o zoólogo João Moogen, trabalhou na implantação do Parque Zoobotânico de Brasília.
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De 1963 a 1977, atuou como professor e diretor da Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília (UnB), sendo fundador do Curso de Agronomia. Por esta instituição foi agraciado com o título de Professor Emérito. Em 1964 doou seu herbário particular para a UnB. Recebeu também a medalha Dom Pedro pelo Governo Federal. Era o início de uma carreira como ambientalista apaixonado pelo Cerrado, coletando folhas flores e frutos para identifica-los. Esse trabalho de coletor também rendeu grande destaque ao agrônomo. Por conta disso, acabou descobrindo e descrevendo nove espécies novas do Cerrado e teve seu nome dado, como homenagem, a 35 novas espécies, que ele enviou para amigos descreverem. Ainda hoje permanece como um dos principais coletores com material na universidade.
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Quando Heringer chegou a Brasília ainda havia muito Cerrado intocado. Aproveitando essa oportunidade, ele andou pelo mato como poucos se dispuseram a fazer. Seu trabalho abriu caminho para pesquisas no Cerrado e serviu como ponto de partida para muitos outros estudos. A coleta é o ponto inicial dos projetos científicos em Botânica pelo acúmulo de informações nos herbários. Por esta instituição, foi agraciado com o título de Professor Emérito. Além do Parque Nacional de Brasília, criou a Reserva Biológica de Águas Emendadas, a Estação Experimental de Agricultura Cabeça de Veado e o Parque Municipal do Gama.
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Se forem somadas as áreas do Parque Nacional, Estação Ecológica de Águas Emendadas, APA Gama-Cabeça de Veado (JBB, IBGE, FAL), o resultado é superior a 50 mil hectares de áreas protegidas. Curiosamente, Heringer chegou a comprar uma briga internacional. A embaixada da então União Soviética em Brasília havia recebido, como doação para implantação de área de lazer, o espaço onde hoje em dia está situada a Estação Experimental de Biologia da UnB (no final da L2 Norte).
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Foto de Ezechias Paulo Heringer e da revista Heringeriana: site jardimbotanico.df.gov.br

7 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Me orgulho de ter sido aluno desse grande cientista/ecologista. Urivaldo

11.9.17  
Blogger Jean Kleber disse...

Valeu, caro Urivaldo !

12.9.17  
Blogger Unknown disse...

Parabens. Orgulho dr ezequias Paulo Heringer. Grande estudioso /agronomo.
Obrigado pela convivencia junto com d. jude...Obrigado...

8.4.22  
Anonymous Paulo Roberto Reis do Nascimento disse...

Parabéns. Muito feliz por ter conhecido este professor, eminente. Conheci atravéz de seu filho que tinha o mesmo nome e apelido de Xará. Dona " Jude" também que hoje da nome em orquidário em Brasília, sua Genitora..1962. Respeito a está família. Nesta época conheci outro irmão mais velho e duas irmãs.
Abraços

26.3.23  
Blogger Aylê-Salassié disse...

Trabalhei com ele, como guarda florestal na Água Mineral, depois Parque Nacional de Brasília. Acompanhei-o nas coletas botânicas pelo cerrado. Seu orquidário, cheio de espécies coletadas no cerrado, foi dilapidado. Tenho profunda admiração pelo seu trabalho.
Aylê-Salassié Filgueiras Quintão. .

19.8.23  
Blogger Aylê-Salassié disse...

Sim, desculpem. Escrevi vários artigos sobre ele e o seu trabalho, entre os quais está "As Heringuerianas" - espécies nomeados por ele e batizadas em nome dele pelos naturalistas seus contemporâneos.

19.8.23  
Anonymous Anônimo disse...

Lixo

5.4.24  

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