O SINAL
Por
Ângela Gurgel
No sinal há um menino
Mas não há destino
Apenas o olhar perdido
Braços estendidos.
No carro o homem (cidadão)
Mas não há um coração
Apenas o medo, insegurança
Angústia, indecisão, desconfiança.
O menino bate no vidro, chama atenção
Insinua um sorriso, mostra seu rosto triste,
Bate de novo, mostra as mãos vazias; insiste!
O cidadão encolhe-se, em silêncio faz uma oração!
O sinal abre, o carro avança
O menino sorri, não perde a esperança
O cidadão vai embora contrariado
Estes pedintes são muito abusados!
O sinal, o menino, o cidadão
Cenas diárias de um cotidiano
Que coloca em contradição
O nosso conceito de humano.
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Foto semáforo: www.fozdoiguacu.pr.gov.br
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3 Comentários:
Um menino no sinal
parte-me o coração.
mas,ofertar uma esmola
não é a melhor solução.
Onde andam os dirigentes
dessa nossa omissa nação.
que devem a esses meninos,
uma melhor condição.
Moradia e comida,
saúde e educação,
é dever dos dirigentes
e direito do cidadão.
Mensagens. Nos versos de O SINAL, de Ãngela, e no comentário em versos de Dalinha. Sentimento, humanidade e cidadania. Os dirigentes não oferecem segurança ao assustado cidadão. Verbas para escolas e merenda escolar são desviadas. A assitêcia ao menor, relegada.Votar consciente. Educação, civismo e patriotismo. Chegaremos lá. A sociedade se humanizará com a sensibilidade dos poetas e o patriotismo de todos.Parabéns.
Lugar de criança é na escola, escolas providas de professores qualificados,bem remunerados. Pobre Brasil ,que investe mais na construção de presidios e mantem ecolas precárias. Tem jeito não, num país que elege Clodovil, Lula, Franco Aguiar e outros mais da mesma linha,como esperar por leis e medidas humanas?
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