NA ESTAÇÃO DA
SAUDADE
Versos e foto de Dalinha Catunda
*
Quantas histórias
bonitas
Teve o trem em seu
roteiro
Mas o descaso
acabou
Com o trem de
passageiro
Inda vejo o trem
passar
Nos trilhos do meu
lugar
Mas é apenas
cargueiro.
*
Como não sentir
saudades
Da vida no interior
Do trem que ia e
voltava
Levando e trazendo
amor
Do choro na
despedida
Que havia em cada
partida
Na face do
sonhador.
*
Escuto um apito ao
longe
É só imaginação
Pois nos trilhos da
saudade
Balança meu coração
Em cada vagão
lotado
A lembrança do
passado
Sacode minha
emoção.
*
As bancas das
cafezeiras,
Bancos e
bilheteria,
A sineta pendurada
Que no horário
batia
Carreteiros de
plantão
Disputavam na
estação
Cada mala que
descia.
*
Hoje as velhas
estações
Testemunham a
história
Da rede ferroviária
Que teve dias de
glória
Conduzem nossa
emoção
Quando apita a
recordação
Sacolejando a
memória.
*
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).
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