Suaveolens

Este blog foi criado por um cearense apaixonado por plantas medicinais e por sua terra natal. O título Suaveolens é uma homenagem a Hyptis suaveolens uma planta medicinal e cheirosa chamada Bamburral no Ceará, e Hortelã do Mato em Brasília. Consultora Técnica: VANESSA DA SILVA MATTOS

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Local: Brasília, Distrito Federal, Brazil

Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos. Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, na Universidade Rural. Obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é pesquisador colaborador da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília.

24.4.16

VOCÊ TAMBÉM FAZ PALESTRAS? PAGAM BEM?


VOCÊ TAMBÉM FAZ PALESTRAS? PAGAM BEM?
Por
Jean Kleber de Abreu Mattos

Um orientado meu do Curso de Pós-graduação em Agronomia destacava-se dos demais alunos por sua idade provecta. Assim como eu no passado, resolvera pós-graduar-se após os cinquenta. Dizia-me ele que pretendia em futuro próximo fazer o doutorado para atuar em projetos de sustentabilidade e ser um conferencista. Viajaria Brasil afora fazendo palestras sobre o tema.

Perguntei então quem financiaria tão excitante empreitada e ele me disse: “tenho meus contatos”. Nada mais perguntei.

Lembrei-me da etnofarmacobotânica Maria Thereza Lemos de Arruda Camargo, em companhia de quem viajei nos anos 1990s pelo interior do Sergipe coletando plantas medicinais. Nós havíamos sido convidados para uma mesa redonda no Congresso de Olericultura que estava em curso em Aracaju. Na hora de sua alocução ela admirou-se ao saber que falaria apenas quinze minutos, vinte no máximo. Reclamou então: “Escutem, vocês me pagam passagem aérea e hotel para falar quinze minutos?...Que palestrinha cara, hein?”

Na verdade nós não cobrávamos pelas palestras. Havia o prazer de colaborar com o congresso e também o efeito vitrine. Estávamos na mídia.

Sempre preferi os minicursos de quatro aulas. A gente se sentia mais útil. Havia mais tempo para debates e esclarecimentos. O pagamento não era nosso foco. No meu caso continua não sendo até hoje.

Quando o convite era para darmos um minicurso durante o conclave, dependendo dos recursos disponíveis, os colegas organizadores ofereciam pagamento tipo hora-aula padrão da época, o qual nos anos 1990s, regulava em torno de R$ 100 reais por hora para os colegas mais caros. Se queriam mesmo pagar, eu cobrava apenas cinquenta. Atualmente, a hora-aula para minicurso de congresso em Brasília parece estar em torno de R$ 200.

Palestras de ex-presidentes e ex-ministros obviamente são muito mais valorizadas. Lembro-me do saudoso ex-ministro da Fazenda, Dilson Funaro, do Governo Sarney, que após o diagnóstico de câncer linfático, deixou o governo e dedicou os últimos anos de vida a fazer palestras sobre os grandes problemas nacionais, como ele mesmo disse em uma entrevista.

Em 2011 de acordo com a mídia (O Globo), os preços de palestras de ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central variavam de R$ 10 mil a R$ 30 mil cada. Quando a palestra era no Brasil, o preço médio estaria em torno de R$ 20 mil. Quando no exterior, o valor chegaria a R$ 40 mil ou R$ 50 mil.


A variação de preços poderia se dever ao tempo de alocução ou à importância do evento. Quando se tratava de ex-presidentes os valores eram maiores, podendo variar de R$100 mil (FHC) ou R$ 150 mil a R$250 mil (Lula).

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