SERTÃO VERDE
Dalinha Catunda
O sabiasal florou,
A jurema enverdeceu,
Com a chuva na caatinga,
O verde reapareceu
A campina verdejante
É deveras deslumbrante
Mostrando seu apogeu.
*
À noite os vagalumes
Brilham na escuridão
O coaxar de sapos
Ecoa na imensidão
Canta sapo, rã e jia,
Demonstrando alegria
De ver chuva no sertão.
*
Na beira do açude
É grande a animação,
A jaçanã e o socó
Estão sempre de plantão.
A garça fica rondando
E o campina voando
Junto com o azulão.
*
Quando a caatinga brota,
Brota o encanto também
O canto do galo bem cedo
Me enleva, me leva além.
A alegria é constante
Na campina verdejante
Onde a chuva só faz bem.
*
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).
2 Comentários:
De volta minha amiga poetisa. Sertão verde...que beleza!
Dalinha, um abração!
DALINHA SEMPRE A NOS BRINDAR COM SUA ARTE POÉTICA.
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