FAZER BONITO
A propósito da discussão do "desencontro, entre nós, da educação e da cultura", procurei o artigo abaixo "Fazer bonito". Pensei tê-lo perdido. Encontrei-o, na Web, publicado, no Jornal Folha Popular, de Palmas, em Tocantins, na data de hoje!...( 10:27 @ 09/03/2006).
''Perda de tempo'' - cheguei a pensar, lhes confesso! Jamais imaginei que história tão trivial me levaria a reflexão tão insistente sobre a formação dos ''profissionais, cidadãos e pessoas'', em nossas escolas.
A dos artistas, em contraponto, sugeria às equipes ''desconcentração'', ''cochicho entre os do grupo'', ''aprender com os outros", ''sorrisos'', ''brincadeira'', enfim. Hora da merenda. Silêncio, fila, cada um a receber seu quinhão - era a palavra-de-ordem de professora. Ao longo da fila, o sussurro dos artistas: sem atropelos, cada um, na mesa, pegando seu lanche. Final da manhã. Sob dourado sol a pino, os papagaios projetam-se rumo ao azul dos céus. Curioso, lá foram ficando, mais numerosos, os produzidos em clima lúdico e cooperativo, onde sensibilidade estética e intuição se deram as mãos. .
Na hora dos prêmios, falei da moral desta história: técnica e saber vão melhor tendo por pilastras a solidariedade e o senso estético. Dias depois, em reunião nacional, falava eu dessa lição na construção das ''competências básicas'' hoje, em nossa educação. Aí, dei pela voz em eco de minha mãe, analfabeta quase. ''Serviço porco'', jamais! A ordem era ''fazer bonito''. Um ''bonito'' longe do ''fazer feio'', a irmanar o belo e o bem (o estético e o ético) na construção do trabalho e da vida, como em nosso imaginário popular.
1 Comentários:
Um artigo importante que mostra a visão privilegiada do prof. Marcondes sobre a educação. Parabéns.
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