A CANTADA E A PICADURA
Por Dalinha Catunda
*
A noite estava tão fria
Cedinho fui me deitar
Liguei a televisão
Antes do sono chegar
De cama sempre fui boa
Deito e durmo à toa
Não posso nem me queixar.
*
Deixei a janela aberta
Suave brisa a entrar
Era um convite ao sono
Chegava a me embalar
Já estava cochilando
E dei com você zanzando
Doidinho pra me pegar.
*
Joguei o lençol nas coxas
Tentei cobrir o restante
Porém você me rondava
Com seu cantar irritante
Eu quase fui a loucura
Ao sentir a picadura
No seu vai e vem constante.
*
No auge do sofrimento
Não pude conter o grito
Dei um tapa e no segundo
Eu acertei o mosquito
Que todo ensanguentado
Estrebuchava a meu lado
Eu me vinguei do maldito!
*
Versos de Dalinha Catunda
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.Escreve no Jornal Gazeta de Notícias do Cariri, No Blog Jornal da Besta Fubana e No Blog do Lando. Faz parte da ACC (Academia dos Cordelistas do Crato) e da AILCA, (Academia Ipuense de Letras Ciência e Artes). É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).
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