Por
Luiz Alpiano Viana
*
Se eu tiver de escrever um poema para
você, acordarei até no meio da noite, mesmo desfalecido e sonolento, mas não
perderei a oportunidade de fazê-lo.
*
Se num dado momento me faltar inspiração,
tomarei sua última fotografia nas mãos e nos seus olhos me espelharei,
empanturrando-me de gozo e paixão.
*
Quando não mais encontrar rima, olharei o
firmamento calmo e majestoso e me lembrarei que um dia seus lábios me levaram
às alturas, e naquele instante nem pensei que sou humano, acredite!
*
Nesse lento sofrimento, o poeta esquece
sua pequenez e lembra apenas de alimentar o desejo, e escreve uma frase de amor
mesmo em miniatura.
*
Os versos brancos me atormentam, magoam-me
e me trituram os mais profundos sentimentos.
*
Não encontro para minha encantadora musa,
palavras de carinho tão belas quanto seus gestos femininos nas noites frias de
lua.
*
Começo a agitar-me, não encontro um ritmo
que me dê postura.
*
Caminho sozinho pela sombra das árvores e
quando olho em volta vejo bem perto um vulto. É você? Sozinha como eu? Fale-me
por quem procura!
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Foto: site
poetrysfeelings.files.wordpress.com/2007/10/aagx001003.jpe
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Aos 61 anos, o ipueirense Luiz Alpiano Viana, é
uma apaixonado por sua terra natal. As suas memórias e saudades de Ipueiras
estão sempre presentes em suas crônicas, a exemplo de “Saudade” e “O astuto cirurgião”,
narrativas que trazem de volta velhas e boas recordações. Tendo morado na
cidade de Crateús/CE e em Brasília/DF, atualmente reside em Forteleza/CE e é
funcionário aposentado do Banco do Brasil.

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