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21.2.14

UM SILÊNCIO DE PROTESTO

Por
Bérgson Frota                                                                   
         
A morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes deixou a sociedade perplexa.
Protestos lícitos mas acolhedores de baderneiros, destruidores do patrimônio público e da ordem. Por fim agressivos e assassinos, que aos poucos estão tirando a simpatia popular pelas reivindicações antes aceitas como práticas comuns numa democracia e hoje, hostilizadas pela sociedade.
Não se deve deixar de dizer que surgem eles na Copa das Confederações e agora um ensaio ainda pequeno mas desastroso para a Copa do Mundo.
Não se espera a realização dos eventos passarem.
A questão é aproveitar o período para que haja uma pressão maior ao governo que não só tem estes problemas, como outros mais sérios.
Apagões, secas, enchentes, término de hidrelétricas, um governo cuja base pelo fato da eleição luta para manter um equilíbrio de governabilidade que já tende a rachar.
Ouvi dizer de muitos que a Copa do Mundo não interessa mais, só que o que está em jogo é a imagem do País e o possível ganho em várias áreas que vai trazer novos investimentos e empregos para a Nação.
Vejo com certa tristeza este desapego a um evento tão grandioso ao qual inúmeros países lutam para sediar. Levando-se em conta ainda ser o futebol o esporte número um do país.
No futuro as manifestações que no ano passado (2013) e neste que já de forma trágica começaram, serão lembradas não como lícitas reivindicações. Mas base de onde arruaceiros uniam-se para depredar, ferir e matar, os que não os impediam, mas acompanhavam e triste, aplaudiam.
Oxalá que esse covarde assassinato de um trabalhador de imprensa, perpetrado por pessoas sem propósito a não ser o da desordem, possam gestar leis severas, tão severas estas que atinjam também mesmo que de forma não tão dura “aos bem intencionados reivindicantes”.


                Em memória ao cinegrafista Santiago Andrade
           
               Não encontrei os créditos desta sequência de fotos

Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzido artigos de relevância atual.

2 comentários:

  1. Parabéns! Bela crônica!

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  2. Márcia Mello25.2.14

    Nunca me indignei tanto pela frieza deste ato a forma que vi na televisão e depois em fotos me assusta pela crueldade do ato.

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