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6.10.13

MÃE D´ÁGUA


MÃE-D'ÁGUA
Por     Dalinha Catunda
*
Uma trama se desenha
A penumbra me seduz
Vem montada no crepúsculo

A vontade que me induz
A mergulhar no desejo
Despudorada sem pejo
Só a paixão me conduz.

Não temo a boca da noite
Mergulho na escuridão
Desperta-me a mãe d’água
Nos mistérios da paixão,
Com meu canto fascinante
Astuta me faço amante
Nas garras da sedução.

Aprisionado ao meu canto,
Virilidade ele ostenta.
Arrebatado, lascivo,
Desvencilhar-se não tenta,
E sempre que tenho sede
Jogo novamente a rede,
Ele cai e me contenta.

*
Foto e versos de Dalinha Catunda

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