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21.7.13

DOIS AMIGOS. DOIS DOUTORES E UM POEMA


 
Por
Felipe de Moraes
(Gonçalo Felipe)

Um poema eu ofereço
A dois amigos distintos
Um apoia o que escrevo,
Interpretando o que sinto.
Já o outro, infelizmente
Apesar de inteligente
Não entra neste recinto.

Um não gosta de cordel
Descrimina-o abertamente
Com uma ou duas palavras
Se nota o nojo que sente
Já o outro também doutor,
Trata o cordel com amor.
A cantoria, o repente.

Ama com sinceridade
As coisas do meu sertão
Demonstra sentir saudade
Do seu querido torrão
Na estação Primavera
O amor nas flores impera
Florindo o seu coração.

Apaixonado por plantas
Eu fico à imaginar
Seu quintal existem tantas
Ele no meio à cuidar
Tratando-as com zelo certo
É bem capaz de um deserto
Se transformar num pomar.

O outro na realidade
Nem vou aqui destacar
Pelo que ele escreveu
É fácil ver a verdade
Uma hipótese me ocorreu;
Eu acho que ele nasceu
Depois da felicidade.

Como também é amigo
Sua opinião eu respeito
Defendo que ele a tenha,
Discordar é meu direito.
Não tem problema nenhum
Um abraço para cada um.
Meus dois amigos do peito

Figura: site sonhofeliz.com/doisirmaos.htm


Gonçalo Felipe (Felipe de Moraes) é o prestigiado poeta de Nova Russas que nos brinda com poesias sobre nós, sobre Ipueiras, sobre nosso pé de serra, enfim sobre a vida de todos nós.

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