Por
Bérgson Frota
Manhã, dia chuvoso. Estou no torturante
trânsito de Fortaleza.
O tempo passa lento.
No sinal parado um rapaz oferece
para limpar o para-brisa, recuso, ele o faz mesmo assim. Alivio-me pelo sinal
abrir, impedindo a finalização do
“trabalho” não autorizado.
Um ribombar de trovões. Mais chuva,
penso.
O trânsito caminha lento e parece não
melhorar.
Escuto o último cd do Roberto.
Na frente um grande barulho de buzinas. Uma
batida de veículos. Desvio a rua à procura de uma avenida, já estou chegando às
07:30.
Finalmente meu destino, um
flanelinha se apresenta facilitando o estacionamento. A chuva é fina agora, mas
constante.
Negocio com àquela pequena autoridade.
Diz cuidar do meu carro. Regateio
um preço menor, ele recusa, fala que a vaga e o serviço tem um preço maior,
fixo um valor menor que o pedido, estou com pressa, por fim ele contrafeito
aceita.
Pagamento adiantado “dotô”.
Às horas voam, volto para o
veículo. Fim de tarde.
Um risco a parecer feito de tampa
de cerveja ou refrigerante marca os dois lados da lataria do carro.
Lamento com raiva e tristeza.
Na volta para casa penso que teria
sido pior, quem sabe pneus furados, ou mesmo uma janela quebrada seguido de
roubo.
O erro não repito, prometo a mim
mesmo, nunca regatear com um flanelinha, afinal ele mostrou de forma clara o
poder de “sua autoridade”.
Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual. 
Bem na mosca, professor.
ResponderExcluirAlo jean Bergson.
ResponderExcluirNao ha como negociar com essa turma.
Em cada parada desça com um 38, dispare tres olu quatro tiros, na cabeça, se possivel, e va tomar um cafezinho na esquina.
P.S.: Nao esqueça de recarregar o revolver para a proxima parada.
Detalhe: Nunca ande com um revolver só. Ande com dois ou tres. Se possivel uma submetralhadora.
Outro P.S.: Nunca saia de casa sem um colete a prova de balhas (dos bons)
Sds
Professor, pagamos essa gente, tal qual pagamos também os "motoqueiros guardas noturnos", que patrulham as nossas residencias à noite, não para efetivamente fazerem o que se propõem mas sim para não fazerem o que fizeram com seu carro ou peor. Não discuto preço, quando chego digo sempre...pago o dobro se disser qual é o meu carro...geralmente não sabem, ai fica sem moral para exigir...não é mesmo ? grande abraço, conterraneo. Everardo Mourão
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