
Por
Dalinha Catunda
*
O natal que vejo agora
É um natal diferente
É só compra e presente
Jesus, o povo ignora.
Saudades tenho d’outrora
Do natal que antes tinha
O presépio era lapinha,
Montado lá na matriz,
Na igreja o povo feliz
Rezava sua ladainha.
*
Se era simples o presente
Nunca vi reclamação,
Era só animação
Da criançada contente
Animando ambiente
Que hoje não vejo igual.
A árvore de natal
De garrancho era feita
E eu ficava satisfeita
De ajudar no ritual.
*
Era mesmo devoção
Ir para missa do galo,
A ceia era um regalo,
Nos natais do meu sertão
Tinha comemoração
Mas tinha o Deus menino
No templo nordestino
Nos meus natais do agreste
Onde a estrela celeste
Guiava nosso destino.
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa, Escritora e Cordelista. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio: (cantinhodadalinha.blogspot).
Bem vindos os versos de Natal de nossa poetisa Dalinha Catunda!
ResponderExcluirBelos versos como sempre!
ResponderExcluirA poesia de Dalinha tem uma qualidade excepcional, seja a qualquer tema a que se dirija. Parabéns grande poetisa pelo Natal Agreste, um presente para todos nós.
ResponderExcluirOlá Jean Kleber, obrigada pela postagem acompanhada de comentário e um Feliz Natal para Você, Heloisa, Ivan e Vanessa. Muita luz para todos.
ResponderExcluirObrigada meu amigo Bérgson. Suas palavras são sempre muito incentivadoras. Feliz Natal!
ResponderExcluirObrigado, Dalinha. Heloísa manda um beijo.O restante da turma também.
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