11/11/2012
JANELA DE TEMPO
( CARLITO MATOS)
Nasceram tantos caminhos na imensidão do meu mar.
Cresceram tantos desejos, que a mão não pôde ancançar.
O gosto bom do pecado. O vinho doce. A maçã.
Um grito. Um olhar de flecha varando a minha manhã.
A vista turva de tempo enxerga um longe cantando
Em risos de cores vivas. De tantas bocas me amando.
Se alguém virar a ampulheta, alguma coisa me diz
Que o grão de areia me leva ao que não fui e nem fiz
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O cearense Carlito Matos é engenheiro de pesca, músico, cantor e compositor.

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