Um
tio que cedo partiu.
Por Bérgson Frota
Era para ser mais o tempo, pelo menos assim o
queríamos, mas ele se foi aos quinze anos, sem despedir-se.
E se foi numa sexta-feira, oito de setembro de
1972.
Ficou a
saudade, de alguém que certamente teria ficado, se assim lhe fosse permitido,
se o destino não o tivesse marcado.
Nas águas plácidas de um açude do
interior, ele partiu rumo à eternidade, cheio de planos, que como ele, foram
afogados, deixou saudades.
A corrida do tempo fez daquela triste data o
chegar dos quarenta anos.
Hoje não mais a dor, uma ausência
sim, transformada em lembrança, saudade e esperança, de um grande tio que cedo
partiu.
Bérgson Frota
Foto
: arquivo pessoal do autor, foto de José Kelson Moreira Frota
Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.

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