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7.9.12

UM TIO QUE CEDO PARTIU



Um tio que cedo partiu.
Por Bérgson Frota
     
             Era para ser mais o tempo, pelo menos assim o queríamos, mas ele se foi aos quinze anos, sem despedir-se.
            E se foi numa sexta-feira, oito de setembro de 1972.
             Ficou a saudade, de alguém que certamente teria ficado, se assim lhe fosse permitido, se o destino não o tivesse marcado.
            Nas águas plácidas de um açude do interior, ele partiu rumo à eternidade, cheio de planos, que como ele, foram afogados, deixou saudades.
             A corrida do tempo fez daquela triste data o chegar dos quarenta anos.
            Hoje não mais a dor, uma ausência sim, transformada em lembrança, saudade e esperança, de um grande tio que cedo partiu.


                                                                                   Bérgson Frota
                                                                                     
  


     Foto : arquivo pessoal do autor, foto de José Kelson Moreira Frota

Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.

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