O tempo passa, é Certo,
Porém a lembrança fica
Dos velhos passeios no Ipu
Regados a banho de bica.
Comendo paçoca na lata
No meio daquela mata,
De natureza tão rica.
* Meus pés trilharam com gosto,
As pedras daquele chão,
Nos inesquecíveis banhos
Aonde escorria o Gangão.
Onde fluíam os amores,
Ímpetos, desejos, ardores,
Nas primícias da paixão.
* Ipu das santas festas,
Das novenas, procissão,
Do santo mártir Guerreiro,
Que do Ipu é guardião.
Em todo mês de janeiro
Dou vivas ao padroeiro,
Que é São Sebastião.
* Ipu hoje está diferente,
Sem perder a majestade.
A natureza foi pródiga
Ao criar esta cidade,
Onde o verde faz festa
E sempre se manifesta
Em várias tonalidades.
* Se a bica não cai como antes,
Porém o lajedo encanta.
A água bate na pedra,
Forte ou fraca, mas canta!
E para minha alegria
Ressoa feito sinfonia
A música que acalanta.
______________________________________________ Maria de Lourdes Aragão Catunda, nascida em Ipueiras-Ceará, é conhecida nos meios literários como Dalinha Catunda, é poetisa, cordelista e cronista, sendo membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Também tem blog próprio - cantinhodadalinha.blogspot.com.

Belo poema, amiga Dalinha. òtimo para matar as saudades!!! Bj.
ResponderExcluirDe fato Dalinha tem razão em homenagear com este poema a Bica do Ipu, a natureza se esmerou em fazê-la. Um ótimo trabalho, parabéns.
ResponderExcluir