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10.4.11

A MAJESTOSA IPU

Por
Dalinha Catunda


O tempo passa, é Certo,

Porém a lembrança fica

Dos velhos passeios no Ipu

Regados a banho de bica.

Comendo paçoca na lata

No meio daquela mata,

De natureza tão rica.


* Meus pés trilharam com gosto,

As pedras daquele chão,

Nos inesquecíveis banhos

Aonde escorria o Gangão.

Onde fluíam os amores,

Ímpetos, desejos, ardores,

Nas primícias da paixão.


* Ipu das santas festas,

Das novenas, procissão,

Do santo mártir Guerreiro,

Que do Ipu é guardião.

Em todo mês de janeiro

Dou vivas ao padroeiro,

Que é São Sebastião.


* Ipu hoje está diferente,

Sem perder a majestade.

A natureza foi pródiga

Ao criar esta cidade,

Onde o verde faz festa

E sempre se manifesta

Em várias tonalidades.


* Se a bica não cai como antes,

Porém o lajedo encanta.

A água bate na pedra,

Forte ou fraca, mas canta!

E para minha alegria

Ressoa feito sinfonia

A música que acalanta.
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Maria de Lourdes Aragão Catunda, nascida em Ipueiras-Ceará, é conhecida nos meios literários como Dalinha Catunda, é poetisa, cordelista e cronista, sendo membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Também tem blog próprio - cantinhodadalinha.blogspot.com.

2 comentários:

  1. Belo poema, amiga Dalinha. òtimo para matar as saudades!!! Bj.

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  2. Bérgson Frota12.4.11

    De fato Dalinha tem razão em homenagear com este poema a Bica do Ipu, a natureza se esmerou em fazê-la. Um ótimo trabalho, parabéns.

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