Por Dalinha Catunda
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Eu sou um pobre Rio,
Chamado Jatobá.Aquele,
que na infância,
Costumava te banhar.
Veja o meu estado.
Repare como estou.
Com águas tão poluídas,
Perdi o meu esplendor.
Já fui um dia um rio,
De águas claras e transparentes,
Onde peixes de muitas espécies,
Nadavam alegremente.
Já matei a fome de muitos,
Que pescavam em meu leito.
Acho que em minha vida,
Sempre fui um bom sujeito.
Já fui água corrente.
Também água de cacimba.
Por tudo que fui um dia,
Mereço uma melhor sina.
Preservem as minhas margens,
Para que eu possa viver contente.
Com poluição e desmatamento,
Serei apenas um rio doente.
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A grande poetisa ipueirense Dalinha Catunda fazendo côro, em versos, à crônica ecológica do pesquisador e cronista Bérgson Frota. Um grande momento.
ResponderExcluirGostaria de saber se em Ipueiras já teve agencia da caixa econômica e se teve quando foi inaugurada ?
ResponderExcluirDalinha, parabéns por mais uma bela poesia em defesa da revitalização do rio Jatobá. Sei que você sempre foi uma das pessoas que mais levantou entre nós ipueirenses seja entre os que estão fora como os que lá vivem esta causa.
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