PorDalinha Catunda
Um dia, um homem do povo,
Resolveu alegrar o sertão.
Teve uma idéia singela,
Que transformou em ação.
Com pouco recurso montou,
O plano do seu coração.
Com sua sabedoria,
Começou a matutar...
Tem que ser na lua cheia,
P’ra aproveitar o luar.
Assim ficará mais fácil,
P’ro povo se deslocar.
Com uma garrafa vazia,
O candeeiro montou.
Um pavio improvisado,
Na garrafa enfiou.
E foi só colocar gás,
Que o terreiro iluminou.
Contratou um sanfoneiro,
Bom de fole amigo seu.
Assim o primeiro forró,
Na Floresta então se deu.
Até hoje só falhou um,
Foi quando seu pai morreu.
Primeiro sábado de lua cheia,
Em julho p’ro nossos lados.
Dá-se a confirmação,
do forró mais animado.
Cinqüenta anos de forró,
Zeca tem em seu reinado.
É um forró sem frescura,
Onde toda criatura,
Elegante ou pé no chão,
Dança a noite inteira,
Relembrando o Zé pereira,
Unidos puxando cordão.
Na hora da saideira
O povo de Ipueiras,
Em coro começa a cantar.
É hora de ir embora,
Por que o sol não demora,
Está começando a raiar.
E assim é à volta p’ra casa,
Após uma boa noitada,
Curtida no interior.
E Zeca sorri feliz,
Mais uma vez fez o que quis,
Com a graça de nosso Senhor.
Os olhos de Zeca brilham,
Chegam quase a marear.
É a emoção brotando,
Lá dentro do seu olhar.
Seu orgulho é tão grande,
Que o peito chega a estufar.
Com sua camisa estampada,
Completamente molhada,
Feliz ele volta p’ro lar.
Sabendo que nesta trilha,
Conta com o amor da família,
Que se une para ajudar
Um dia, um homem do povo,
Resolveu alegrar o sertão.
Teve uma idéia singela,
Que transformou em ação.
Com pouco recurso montou,
O plano do seu coração.
Com sua sabedoria,
Começou a matutar...
Tem que ser na lua cheia,
P’ra aproveitar o luar.
Assim ficará mais fácil,
P’ro povo se deslocar.
Com uma garrafa vazia,
O candeeiro montou.
Um pavio improvisado,
Na garrafa enfiou.
E foi só colocar gás,
Que o terreiro iluminou.
Contratou um sanfoneiro,
Bom de fole amigo seu.
Assim o primeiro forró,
Na Floresta então se deu.
Até hoje só falhou um,
Foi quando seu pai morreu.
Primeiro sábado de lua cheia,
Em julho p’ro nossos lados.
Dá-se a confirmação,
do forró mais animado.
Cinqüenta anos de forró,
Zeca tem em seu reinado.
É um forró sem frescura,
Onde toda criatura,
Elegante ou pé no chão,
Dança a noite inteira,
Relembrando o Zé pereira,
Unidos puxando cordão.
Na hora da saideira
O povo de Ipueiras,
Em coro começa a cantar.
É hora de ir embora,
Por que o sol não demora,
Está começando a raiar.
E assim é à volta p’ra casa,
Após uma boa noitada,
Curtida no interior.
E Zeca sorri feliz,
Mais uma vez fez o que quis,
Com a graça de nosso Senhor.
Os olhos de Zeca brilham,
Chegam quase a marear.
É a emoção brotando,
Lá dentro do seu olhar.
Seu orgulho é tão grande,
Que o peito chega a estufar.
Com sua camisa estampada,
Completamente molhada,
Feliz ele volta p’ro lar.
Sabendo que nesta trilha,
Conta com o amor da família,
Que se une para ajudar
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Foto: forró do Zeca Frausino (Fonte: UVA)
SEU ZECA ANIVERSARIOU DIA 9 DE MARÇO PRÓXIMO PASSADO. NOSSA HOMENAGEM._____________________________________
Maria de Lourdes Aragão Catunda – POETISA, ESCRITORA E CORDELISTA. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É co-gestora convidada do blog Suaveolens, além de ter blog próprio (cantinhodadalinha.blogspot).
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