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5.4.14

No alto há setenta anos o Velho Monge

                    
Por
Bérgson Frota

Já se falou e continua-se a falar muito daquela estátua, branca de braços abertos e base cinza, lá, no cimo do morro mais próximo à Ipueiras.   
Costa Matos, célebre poeta e escritor já partido, membro da Academia Cearense de Letras e filho da terra, foi o único que num poema de rara beleza chamou-o de Velho Monge, a prestar na humildade do termo sua devoção.
Uma obra resistente ao tempo, construída e concluída em 1943, quase dez anos após a feitura da colossal estátua no Corcovado do Rio.
Ano passado completou setenta anos da feitura da obra, neste  setenta e um.
Vidas se passaram, habitantes partiram, outros mudaram pra outras paragens e finalmente os que ainda estão a contemplá-lo, reverenciando-o como um ícone santo a abençoar à terra.
E lá em cima como outro poeta da terra, Jeremias Catunda,também se ido disse num poema a continuar : de braços abertos o Cristo abençoa a minha terra.
À noite vê-se o vulto longe iluminado, quase a flutuar no espaço, mas não, seus degraus não tão definidos nos dão tal impressão.
Este tão afamado monumento já foi carimbo de selo, quando do  centenário da cidade, em 1983.
Embora tardia esta louvação aos seus setenta anos, vale a pena fazê-lo.
Uma louvação de apreço, admiração e zelo, a este santuário cristão que só enriquece a fé católica ipueirense.

               Foto trabalhada digitalmente pertencente ao blog :
                       paulocomunicacaovisual.blogspot.com


Bérgson Frota, escritor, contista e cronista, é formado em Direito (UNIFOR), Filosofia-Licenciatura (UECE) e Especialista em Metodologia do Ensino Médio e Fundamental (UVA), tem colaborado com os jornais O Povo e Diário do Nordeste, desenvolvendo um trabalho por ele descrito de resgate da memória cultural e produzindo artigos de relevância atual.   
                                                                             

                      

2 comentários:

  1. Parabéns, amigo. Crônica muito bem inspirada.

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  2. Anônimo12.4.14

    Um homenagem a este grande monumento de Ipueiras, também aos poetas que tanto fizeram pela terra. Sr. Costa Matos e Sr. Jeremias Catunda. Parabéns

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