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28.7.13

NOSSAS DUAS VIDAS




Por

Felipe de Moraes
(Gonçalo Felipe)

Hoje logo cedinho, quando caminhava,
O vi ali quietinho, acho que me esperava.
Minha face ardeu, de repente mudou a cor.
Em recordações eu senti a seta do amor
No meu peito, cruelmente se aprofundava.

Lembrei de quando um dia escrevi 
Na sua página a frase "EU TE AMO".
Hoje, ainda não chorei. Mas ao te ver
Sei que isso logo me vai acontecer
Também já é de costume, nem reclamo.

Fica aí, continua aí, meu querido sapo.
Amanhã verás o meu rosto diferente
É a saudade dando no coração, sopapo,
Por fora, sorrindo, por dentro um fiapo.
São coisas que a saudade faz com a gente.

Aqueles nossos castelos de sonhos caíram
Por cima de ilusões que também fugiram
Nossas juras de amor não foram cumpridas.

O que falei, o que falastes, ouvir, Deus não quiz.
Mas, agora, o cruel Destino deve se sentir bem feliz
Por ter separado para sempre as NOSSAS DUAS VIDAS.



Foto: site parquedpedro.com.br 


Gonçalo Felipe (Felipe de Moraes) é o prestigiado poeta de Nova Russas que nos brinda com poesias sobre nós, sobre Ipueiras, sobre nosso pé de serra, enfim sobre a vida de todos nós.

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