
Por
Dalinha Catunda
Dizes que sou melindrosa,
Que esmaeço se tocas em mim,
Por que não procuras outras plantas,
Menos sensitivas nesse jardim.
Me chamas de erva daninha,
Dormideira ou coisa assim,
Não passas de um carrapicho,
Querendo grudar em mim.
Sim, sou cheia de não-me-toques.
Tenho flores e muitos espinhos,
Mas sou o encanto das trilhas,
Ornamento de caminhos.
Mimosa pudica para os sábios,
Dormideira para muitos,
Malícia apenas sou,
Pra quem gosta do assunto.
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Maria de Lourdes Aragão Catunda – Poetisa e escritora. Nascida e criada em Ipueiras-CE, conhecida popularmente como Dalinha Catunda, vive atualmente no Rio de Janeiro. Publica nos jornais "Diário do Nordeste" e "O Povo", nas revistas "Cidade Universidade" e "Municípios" e nos blogs: Primeira Coluna, Ipueiras e Ethos-Paidéia. É co-gestora convidada do blog Suaveolens.______________________________________________
Foto: www.plantasdaninhasonline.com.br/pd
Dalinha, estes versos certamente vão impressionar românticos e cientistas. São graciosos e acadêmicos ao mesmo tempo. Parabéns.
ResponderExcluirPois é Jean, a Dalinha com seus versos acaba dando vida a planta de
ResponderExcluiruma maneira bem peculiar, é assim como estivesse a escutar o que a Mimosa Pudica estava a pensar.
Parabéns
Terezinha e Jean Kleber,
ResponderExcluirAprendi a gostar dessa planinha, desde criança. Meu pai tinha um sítio nas Barreiras e, quando eu ia para lá, minha diversão era tocar na malícia para ver ela murchar. Fora isso me identifico muito com ela.
Um abraço, e obrigada a vocês pelos comentários.